Convidado pela ONU (Organização das Nações Unidas), responsável pelo evento, o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária participa a partir desta terça-feira, 13 de junho, em Nova York, da10ª sessão da Conferência dos Estados Partes na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que se encerra neste dia 15 e reúne organizações não-governamentais com trabalhos neste segmento.
Na conferência, José Aurelio Ramalho, diretor-presidente da entidade apresenta o Projeto Recomeço, que propõe ações no sentido de incentivar pessoas que contraíram algum tipo de deficiência ou sequela em acidentes de trânsito ao regresso ao mercado de trabalho, a uma nova capacitação ou ainda à prática de esportes.
Participam da conferência, representantes de organizações sociais e de governos de várias partes do mundo. O Comitê Paralímpico Brasileiro, a Casa Civil da Presidência da República, a Secretaria de Assuntos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, entre outros, além do OBSERVATÓRIO, representam o Brasil no evento.
Em sua apresentação na tarde dessa terça (13), Ramalho destacou o enorme contingente de pessoas que no Brasil passa a ter de conviver com sequelas permanentes depois de sofrer um acidente de trânsito. “A maior parte dessas vítimas é jovem em idade produtiva. Com esse número alarmante de sequelados, o país perde também em recursos utilizados na formação dessas pessoas que, a partir da sequela, deixam de trabalhar. Sem contar, evidentemente, os danos emocionais que vêm junto com a sequela”, explica o presidente.
Neste sentido, reforçou Ramalho, é imperativa a reinserção dessa população na vida produtiva e social do país. Mas não se deve esquecer, de igual modo, as dificuldades que muitas delas passam a ter para se locomover, por exemplo. Por conta disso, uma das preocupações destacadas pelo Recomeço é que sejam recolocadas em empresas ou mesmo para atividades esportivas nas proximidades de suas casas.
Muitas vezes, lembra Ramalho, existe empresa próxima que deseja contratar pessoas com deficiência. Só que nem um, nem outro sabem disso. Sendo assim, é fundamental a criação de uma rede de informações que evite a ocorrência desse desconhecimento.
O Recomeço, que está em fase de projeto piloto, é elaborado em conjunto com a SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado), FCM/Unicamp (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas) e com a Seguradora Líder-DPVAT. No final do ano passado foi realizado no auditório da FCM, reunindo representantes desses órgãos, além de pessoas portadoras de sequelas adquiridas em acidentes de trânsito, para discussão dos próximos passos do programa.
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O OBSERVATÓRIO integra há mais de um ano o ECOSOC (Conselho Econômico e Social) da ONU, como Organização Consultora Especial. O Conselho é o canal de comunicação entre a ONU e as organizações não governamentais de todo o mundo, que têm contribuído para diversas atividades, incluindo a difusão de informação, a sensibilização, a educação para o desenvolvimento, a promoção de políticas públicas, de projetos operacionais conjuntos e, entre outros, a disponibilização de conhecimentos técnicos especializados.
OBSERVATÓRIO disponibiliza painel com dados da PRF
O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária passa a disponibilizar em seu portal um painel com os dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) relacionados aos sinistros de trânsito ocorridos em rodovias federais. Os dados são compilados a partir do BAT (Boletim de Acidente de Trânsito) desde o início da série histórica, em 2007.
Placa de Identificação Veicular Mercosul no Brasil é tema de webinar promovido pelo OBSERVATÓRIO
O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária realizou hoje (27), o webinar “Placa de Identificação Veicular Mercosul no Brasil”, com o objetivo de apresentar e discutir as evoluções das normas e legislações acerca das placas padrão Mercosul e seu uso no Brasil.
3º ano seguido com alta de mortes no trânsito brasileiro
A reportagem da última terça-feira (19), do jornal DW Brasil - Deutsche Welle emissora internacional da Alemanha - alertou para o 3º ano seguido de alta de mortes no trânsito brasileiro. Para avaliar o atual cenário de mortes no trânsito brasileiro, a reportagem consultou Jorge Tiago Bastos, professor do Departamento de Transportes da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e coordenador do acordo de cooperação técnica entre a universidade e o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária.
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