O trânsito é considerado há décadas um problema de saúde pública mundial pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Está entre as principais causas de mortes em todo o mundo, além dos graves impactos econômicos, sociais e psicológicos dos sinistros[1]de trânsito e suas sequelas visíveis e invisíveis. As pesquisas internacionais também apontam que mais de 90% dos sinistros no trânsito são decorrentes de falhas humanas, portanto evitáveis.
Deste modo, atentos a importância do comportamento humano no trânsito e a necessidade de compreendê-lo com maior clareza para elaborar propostas eficazes que contemplem melhorias para a segurança, sustentabilidade, acessibilidade e qualidade de vida ao transitar, surgiu o GEPCH (Grupo de Estudos em Psicologia e Comportamento Humano) com Observadores de diversas áreas do conhecimento que se interessam pelo assunto, coordenado por quatro Observadores com formação em psicologia e antropologia.
Há décadas discutimos sobre a responsabilidade do ser humano no trânsito, não somente dos motoristas, motociclistas e ciclistas, mas de todos os atores envolvidos neste campo amplo de convivência, que também inclui os pedestres, os passageiros, além dos governantes, empresários, gestores e profissionais que atuam neste contexto para contribuir com a preservação de vidas no espaço público. Uma das missões do GEPCH é fomentar estratégias que provoquem a mudança deste cenário catastrófico que acarreta ônus significativo para toda a sociedade, entidades e esferas de governo.
Para organizar os anseios, demandas e assuntos emergentes, foram criados três grandes eixos de trabalho. O primeiro que gira em torno da compreensão dos fatores humanos e transtornos mentais, levando em consideração a implicação destes no contexto do trânsito. O segundo que aborda questões relacionadas à perícia psicológica, pesquisas e intervenções com condutores, com foco na avaliação psicológica das aptidões e competências para os processos de obtenção e renovação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), considerando a possibilidade de intervenções psicológicas sistemáticas aplicadas aos condutores que têm um histórico crítico de envolvimento em sinistros de trânsito. Por fim, e não menos importante, o terceiro eixo que contempla demandas relacionadas à gestão, educação e comportamento, vislumbrando soluções para a mobilidade humana/urbana, gestão de trânsito e o desenvolvimento de novas práticas culturais com hábitos e comportamentos saudáveis. Portanto, os integrantes do Grupo de Estudos em Psicologia e Comportamento Humano trabalharão cuidadosamente na produção de pesquisas, debates, estudos técnicos e trabalhos científicos, assim como no desenvolvimento de projetos, programas e produtos que cooperem para um trânsito mais humano, seguro, inclusivo, sustentável e saudável.
[1]A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou a revisão da norma 10.697/2020 alterando a terminologia“acidente de trânsito” para “sinistro de trânsito”. Assim, há o reconhecimento de que a prevenção é possível e deve ser buscada, como a proposta do Visão Zero no trânsito, onde nenhuma morte é aceitável.
Bianca da Cruz Oliveira - CRP 03/13829 Psicóloga. Especialista em Psicologia do Trânsito e Pós-graduanda em Direito de Trânsito. Integrante da Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Diretora Científica da Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego da Bahia (ABRAPSIT/BA). Coordenadora do Grupo de Estudos em Psicologia e Comportamento Humano no Trânsito do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV).
Juliana de Barros Guimarães - CRP 02/10764 Psicóloga e Psicanalista; Especialista em Psicologia do Transito, em Avaliação Psicológica e Gestão Publica ; Mestranda em Saúde Mental - UFRGS; Diretora Científica da Abrapsit Nacional; Presidente da Abrapsit/PE; Coordenadora da Comissão de Saúde Mental da Abramet; Membro da Câmara Temática de Educação e Saúde- CTES do CONTRAN; Gestora da Área Medica e Psicologica do DETRAN-PE; Instrutora e Examinadora de Trânsito; Professora de Pós Graduação em Psicologia e em Trânsito; Coordenação do Grupo de Estudos em Psicologia e Comportamento Humano do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária - ONSV.
Grupo Cargo Polo adere ao programa Empresa Laço Amarelo
O Grupo Cargo Polo, com mais de uma década de experiência no setor, intensifica seus esforços em conscientização e segurança viária por meio de parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária, ao realizar a adesão ao programa Empresa Laço Amarelo.
Grupo G-Auto adere ao programa Empresa Laço Amarelo
O grupo G-Auto localizado na cidade de Divino, Minas Gerais, firma parceria com o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, por meio da adesão ao programa Empresa Laço Amarelo.
Ministério Público de Minas Gerais adere ao programa Entidade Laço Amarelo
O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) uma instituição pública autônoma, responsável pela defesa de direitos dos cidadãos e dos interesses da sociedade, adere ao programa Entidade Laço Amarelo.
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