O
número de óbitos entre ciclistas no trânsito da cidade de São Paulo subiu 63,6%
em 2019, conforme dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de
Trânsito de São Paulo (Infosiga). O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária
foi uma das entidades ouvidas pela reportagem do portal “Terra”, para comentar
sobre o assunto.
Segundo
a matéria, a alta no número de mortes pode estar ligada ao comportamento de
risco de usuários de bicicleta, assim como, pelo aumento de serviços de entrega
por bike. Conforme dados do Infosiga, o número de mortos em 2018, foram 22
ciclistas e em 2019, esse número subiu para 36.
Entre
os mortos por categorias, houve queda de 13,8% no índice de óbitos entre
motociclistas. Registrou-se 311 ocorrências em 2019, e 361, em 2018. Entre
pedestres, houve 1,8% de registros a mais (de 374 para 381); entre pessoas em
automóveis 1,8% a menos (de 108 para 106); óbitos em caminhão subiram de 2 para
15.
O
diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, José Aurelio
Ramalho, defende investimentos em educação para o trânsito: “Há muita ciclovia
e ciclofaixa na cidade, ou seja, foi oferecida infraestrutura, mas em nenhum
momento alguém chegou e falou: ‘Tem que respeitar a lei de trânsito’.”
Ainda,
segundo Ramalho, falta desenvolver “percepção de risco”, no trânsito de São
Paulo – e não só para bicicletas. “Enquanto ele não perceber que corre perigo,
não vai mudar”, diz.
O
diretor-presidente do OBSERVATÓRIO enfatiza: “Não há nada a comemorar nos
índices da cidade. São Paulo precisa de uma política pública clara, não de
governo ou de partido, que indique qual vai ser a redução em determinado
período e o que vai ser feito para isso”, encerra.
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Foto de David McBee no Pexels
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