Campanha do Maio Amarelo completa 10 anos

O movimento por um trânsito melhor sempre se fez necessário no país

Em geral as estatísticas sobre o número de propriedades rurais no Estado de São Paulo flutuam entre 300 e 350 mil estabelecimentos. Tamanha fragmentação agrária muito tem haver com o número de municípios do Estado mais populoso do país, são 645 cidades para uma população estimada em mais de 46 milhões de habitantes. Apesar de ter a maior população entre as unidades federativas, São Paulo perde em número de municípios para o Estado de Minas Gerais que tem 853. Completando as estatísticas, o Brasil é a sétima nação mais populosa do mundo e o quinto em extensão territorial. Em relação a veículos automotores temos cerca de 47 milhões de carros, caminhões, ônibus e motos circulando pelas ruas.

Devido a geografia citada acima e a capilaridade que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) tem no Estado em todos os seus braços (Defesa Agropecuária, Extensão e Pesquisa) não é surpresa que sua frota de veículos autorizada chega próximo a 2000 (dois mil), segundo dados do Decreto 67.034 de 11/08/2022. Em função de tudo isso, o deslocamento de funcionários da SAA pelas cidades, rodovias e vicinais não asfaltadas é intenso para atender todas as demandas que a pasta tem.

Apesar das constantes melhorias em segurança que os veículos automotores sofreram desde sua criação, o transito brasileiro ainda mata milhares de pessoas por ano, e segundo dados do relatório Global Status Report on Road Safety, da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o terceiro mais mortífero do mundo, só perdendo para Índia e China. Em 11 de maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a década de ação para segurança no transito, e com isso, o mês de maio tornou-se referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza.

O Maio Amarelo trata-se de um movimento internacional, apartidário, de conscientização para redução de acidentes de trânsito. Tem como objetivo chamar a atenção da população para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo e, assim, colocar em evidência o tema da segurança no trânsito. O Maio Amarelo frisa a importância da união de todos os segmentos da sociedade para discutir o tema, e promover engajamento das ações para propagação de conhecimento e conscientização de todos para segurança viária, nas mais diferentes esferas, com o objetivo principal de salvar vidas. As ações do Maio Amarelo também estão alinhadas as diretrizes da nova década mundial de ações pela segurança do transito (2021/2030), fazendo com que ambas campanhas busquem conscientizar a população sobre importância da mudança de atitude de cada um, pois as vias são compartilhadas e o não cumprimento das regras de transito colocam todos em risco. A década de ação pela segurança no transito é iniciativa da OMS e tem a ambiciosa meta de prevenir ao menos 50% das mortes e lesões no transito até 2030. Em 2023 o movimento do Maio Amarelo completa 10 anos.

Vale sempre lembrar que devemos operar os veículos de nossa frota conscientemente, respeitando suas características técnicas, e observando rigorosamente as instruções sobre manutenção, comunicando qualquer irregularidade ou anormalidade mecânica para que seja providenciado o conserto do veículo ou qualquer outro procedimento relativo à sua manutenção, pois não é possível conduzir com segurança com um veículo defeituoso. Porém um veículo com problema é apenas uma das condições adversas que podem prejudicar o real desempenho no ato de conduzir, tornando maior a possibilidade de um acidente de transito. Outras condições adversas são a luz, o tempo, vias, transito e o condutor. Nem sempre elas aparecem uma de cada vez, tendo potencial de aparecer juntas, tornado o perigo ainda maior. Porém das condições adversas, a situação do condutor seja a mais perigosa, mas também é a mais fácil de ser evitada, pois trata-se do Estado em que o motorista se encontra física e mentalmente no momento que irá fazer uso do veículo. Um motorista dirigindo cansado, pode ser tão perigoso como um motorista dirigindo sob efeito de drogas licitas (inclui uso de medicamentos que provocam efeitos colaterais) ou ilícitas. Cabe ao condutor avaliar suas reais condições ao pretender dirigir um veículo, dispondo de  bom senso para evitar envolver-se em condições de risco durante seu deslocamento.

O bom condutor é cauteloso. Verifica as condições do veículo antes de seguir viagem e calcula a melhor rota para evitar transtornos. No uso da via observa bem à sua frente, prevê situações de risco no transito, evita situações difíceis, obedece as instruções recebidas no percurso, mantém a calma e educação. É bom lembrar que quando usamos um veículo para chegar a um destino, na origem estão nossa família e nossos colegas de trabalho esperando o nosso retorno.