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Dia do Motociclista e de refletir sobre sua segurança nas vias e rodovias

Escrito por Portal ONSV

27 JUL 2016 - 09H48

Modal possui influência decisiva na redução do número de mortes no país, crescimento do número de mortes entre 2010 e 2014 foi de 16%

Sensação de liberdade, agilidade, economia. Essas são, sem dúvidas, emoções sentidas por motociclistas, um segmento que tem participação crescente no trânsito brasileiro, seja por conta de trabalho, pela mobilidade facilitada permitida pelas motos, ou até mesmo para o lazer. Entre os apreciadores de motocicletas no Brasil, cresce também o segmento feminino.

Nesta quarta-feira, dia 27 de julho, é o Dia do Motociclista. Data para comemorar. Mas também para alertar sobre questões de segurança que devem ser adotadas e jamais negligenciadas por quem optou pela moto como veículo de trabalho ou de lazer, e, mais que isso, por todos os condutores de outros tipos de veículos que dividem as vias e rodovias com motociclistas.

Ainda que o crescimento do número de mortes de ocupantes de motocicleta tenha ocorrido a uma taxa menor que no período anterior a 2011 (ou seja, antes do início da Década Mundial de Ações para a Segurança Viária proclamada pela ONU como o período 2011-2020), o Brasil apresenta uma tendência de aumento no número de mortes de motociclistas, segundo Jorge Tiago Bastos, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e voluntário do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária).

“Este modal possui influência decisiva na redução do número de mortes no país, tendo em vista que constitui o de maior risco associado de mortes de seus ocupantes no trânsito, lembrando que de acordo com dados oficiais do DataSUS, no período entre 2010 e 2014, o número de mortes envolvento motociclistas e ocupantes de motos cresceu 16%”, explica.

Isso pode ser observado, destaca Bastos, com as informações extraídas do SOMA (Sistema de Observação, Monitoramento e Ação do ONSV, utilizando dados do Ministério da Saúde), no qual se percebe que o crescimento do número de mortes de motociclistas foi bem maior no período pré-Década (ver gráfico abaixo).

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O professor destaca, também, que por mais que o motociclista preserve hábitos de direção defensiva, a ausência de uma estrutura protetora característica do veículo ainda coloca seu ocupante em uma posição extremamente vulnerável na interação com outros veículos de maior massa, como automóveis, caminhões e ônibus.

“Além disso, é importante destacar que a participação da motocicleta na frota de veículos continua crescente. Portanto, a atenção dispensada a este modal nas análises e ações/medidas de segurança viária tem de ser constantes”, pontua.

Na avaliação do professor, garantir a segurança dos usuários de motocicletas com ações direcionadas não só eles, mas também aos demais com os quais dividem as vias, é fundamental. Para Bastos, a regra universal de que o usuário menos vulnerável deve zelar pela segurança do mais vulnerável deve ser expandida na interação entre os condutores de automóvel e os de motocicleta e, principalmente, na interação entre motoristas de caminhões/ônibus e os motociclistas.

Origem do Dia do Motociclista

A data surgiu a partir de uma tentativa da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM) de estipular um dia comemorativo oficial para os motociclistas.

Em 27 de Julho de 1974, morria o motociclista e mecânico da Honda, Marcus Bernardi, que era bastante querido por todos. Por sugestão de Rogério Gonçalves - proprietário da Concessionária Honda de Sorocada, São Paulo -, o deputado Alcides Franciscatto, em 1984, propôs que o Dia do Motociclista fosse comemorado em 27 de julho, em homenagem ao ex-mecânico. A ABRAM, então, decidiu escolher esta data, entre todas as outras, como a oficial da Associação.

Oração do Motociclista

"Senhor cada vez que subo numa moto sinto a liberdade e ao mesmo tempo tenho medo de encontrar-Te num destes caminhos perplexos do mundo.

Como sou frágil diante da natureza, e ao mesmo tempo me sinto forte e dono de mim quando estou numa moto.

Mas, Senhor, não quero perder minha vida num desses momentos.

Quero que o guidão de minha moto esteja sempre firme em minhas mãos, Senhor, que o capacete que me protege a cabeça seja a segurança de que de que preciso, e que Tu, Senhor, sejas a minha proteção permanente.

Perdoa-me Senhor, se por vezes abuso da liberdade que me deste e corro alucinado, ou me perco em emoções na velocidade, em busca de respostas...

Que cada dia eu possa sentir a Tua presença na brisa que recebo no rosto, na velocidade e na superação de meus próprios limites, na responsabilidade da vida que me deste.

Quero sentir Tua presença protetora e amiga, pois sei que estás comigo.

Protege, Senhor, nossas vidas, e acolhe junto de Ti os companheiros que já partiram, que eles possam viver as alegrias de estarem Contigo, e que nós tenhamos a esperança de um dia também encontrar-Te.

Protege, Senhor, por intermédio de Nossa Senhora de Caravaggio, nossas motos, nossas vidas e nossos caminhos para que, na certeza de Tua presença, possamos dar-Te glória e louvor, para sempre, amém.

Nossa Senhora de Caravaggio, Rogai por nós. Amém

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