Belo Horizonte é a terceira capital com maior número de mortes ao volante per capita, atrás de Recife e Fortaleza. E Minas Gerais é o segundo Estado em número absoluto de óbitos no trânsito, atrás apenas de São Paulo. São dados do Retrato da Segurança Viária no Brasil, relatório divulgado nesta quarta pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e a Falconi Consultores de Resultado, que analisa estatísticas de 2001 a 2012.
Se a segunda posição de Minas, com as 4.623 mortes em 2012, se deve à grande malha viária – tanto que o Estado não fugira nem entre os dez maiores em números relativos –, a capital mineira possui uma estrutura que justifica o alto índice de acidentes e mortos dentro de seu perímetro. “Há uma grande quantidade de rodovias que atravessam a cidade”, destaca Paulo Guimarães, responsável pelo setor de pesquisa e desenvolvimento do ONSV.
“Nós temos o problema do Anel Rodoviário, uma rodovia que passa dentro da cidade, em área vastamente habitada, onde motoristas de estradas encontram motoristas da cidade, potencializando riscos. Acredito que quando o projeto do Rodoanel estiver pronto, a situação deverá melhorar”, acrescenta o especialista em segurança no trânsito Marco Aurélio Pereira.
AUMENTO DA MORTALIDADE. O relatório levou em conta dados de várias origens, como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Organização Mundial da Saúde (OMS). “O que fizemos foi reunir todas essas fontes de dados”, explica Guimarães.
As mortes nas estradas e ruas brasileiras chegaram a 45.689, em 2012. Isso dá uma morte a cada 12 minutos. Em 2001, foram 30.723 óbitos. O salto é de 48,7% – equivalente a mais 453.779 vítimas ao longo dos 11 anos analisados.
“Em linhas gerais, esse dado se deve à evolução da frota de veículos e ao próprio crescimento econômico, que altera a antiga rotina casa/trabalho para um maior fluxo, que envolve trabalho, escola, compras, lazer”, analisa Guimarães.
Batida mata motociclista
Sete pessoas se feriram em acidente entre micro-ônibus e carreta, por volta das 16h desta quarta, no bairro Tirol, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, duas pessoas foram socorridas com traumatismo de face e levadas a um hospital de Ibirité, na região metropolitana. Os demais feridos foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Municipal de Contagem. As causas do acidente não foram esclarecidas.
Brasil é quarto em mortes
Com malha rodoviária de 1.691.552 km, o Brasil é o quarto país em número absoluto de mortes por trânsito, atrás apenas de China, Índia e Nigéria, segundo último relatório das Organização das Nações Unidas, relativo ao ano de 2010. O país será sede da Segunda Conferência Ministerial Global pela Segurança Viária, em novembro deste ano, quando deve apresentar os principais avanços na redução do número de óbitos e feridos no trânsito.
Lagoa Santa é bom exemplo
A cidade de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, aparece como bom exemplo na pesquisa. Entre os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes, é a terceira menos violenta, com índice de óbitos de 1,8 / 100 mil habitantes, só não superando a baiana Barreira (0,7) e a paraense Igarapé-Miri (1,7). Nesse ranking, as mais letais no país são Presidente Dutra, no Maranhão (237), Barbalha, no Ceará (194,4), e Piraí do Sul, no Paraná (122,4).
Fonte: O Tempo
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