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A mulher no trânsito

Dados e conquistas da mulher no trânsito

Escrito por Portal ONSV

08 MAR 2024 - 16H33 (Atualizada em 08 MAR 2024 - 16H37)

Ao longo dos anos, as mulheres têm conquistados cada vez mais direitos e um deles é o de dirigir.

Segundo o RENACH (Registro Nacional de Carteira de Habilitação), houve um aumento de 15% de condutoras do sexo feminino entre 2018 e 2022, enquanto do masculino esse percentual foi de apenas 10%. Além disso, o RENACH também divulgou que as categorias com os maiores aumentos percentuais foram de carreta, com 30%, motocicleta/automóvel com 25% e apenas automóvel de 12%, durante esse mesmo período.

A Abraciclo divulgou que o número de mulheres que andam de moto cresceu 97% em uma década! Em 2012, haviam 4,5 milhões de brasileiras habilitadas a pilotar, já em 2022 elas somavam 8,9 milhões. O crescimento do público em geral, no mesmo período, foi de 58%.

Ainda de acordo com dados da RENACH e da PRF (Polícia Rodoviária Federal), houve um aumento de condutoras em categorias A, B, AB e AD nos últimos anos. Na categoria B, as mulheres já superam os homens, sendo correspondentes a 50,2% de pessoas habilitadas nessa categoria.

Já o Infosifga-Sp (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) traz que as mulheres são menos propensas a causarem sinistros de trânsito que resultam em morte. Em 2022, dos 3.361 condutores que morreram em decorrência de acidentes de trânsito, 92,7% eram homens, enquanto apenas 7,3% eram do sexo feminino. Quando considerado o número total de mortes, incluindo passageiros e pedestres, esse índice chega a 82,5% de homens e 17,5% de mulheres.

Outro levantamento, do aplicativo Zul+, da Estapar Estacionamentos, mostra que 79% das multas pagas na plataforma são cometidas por homens. As mulheres respondem por 21% das infrações, número abaixo, proporcionalmente, da quantidade de usuárias da plataforma (37%).

Todos esses dados indicam que as mulheres são mais prudentes no volante. Elas se mostram mais cuidadosas com a condução dos veículos e com a prática de direção defensiva, se envolvendo em menos acidentes quando comparadas aos homens.

A história da mulher no trânsito

Considerada a "mãe do automóvel", Bertha Benz, saiu em uma viagem de 100km em 1888 como a primeira pilota de testes da história em um carro motorizado. O seu marido, inventor do carro, ficou inseguro de dirigir e sua esposa o fez.

A duquesa da França Anne d'Uzés, foi a primeira mulher no mundo a conquistar a habilitação para dirigir, em 1889. Ela também foi a fundadora do primeiro clube feminino do automóvel em seu país.

Já no Brasil, as mulheres só passaram a dirigir em 1932, quando Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena Schorling, conseguiram conquistar a habilitação na cidade de Vitória, no Espírito Santo, época que o machismo contra a presença da mulher na direção era muito grande.

Projetos de lei que garantem direitos a mulher no trânsito

A igualdade de gênero é algo que, infelizmente, ainda está distante de ser alcançada em nosso país, no entanto, já existem projetos de lei em tramitação que visam melhorar esse cenário.

Um projeto de lei no Paraná pretende combater o assédio a mulher em transporte coletivo de passageiros no estado. O PL 122/2023, que está em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná, determina que as empresas de ônibus rodoviário ofertem a possibilidade de reserva de assento exclusivo para mulheres.

Também existe o projeto de lei nº 2003/2021, da Câmara dos Deputados, que pretende cassar a CNH do motorista condenado por violência ou grave ameaça contra mulheres em ocorrências no trânsito. A PL está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. 

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