O Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, apresentou dados referentes aos ônibus clandestinos de viagem interestadual apreendidos no primeiro trimestre do ano, partindo da cidade de São Paulo. O coordenador de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Pedro Augusto Borges, alertou para os riscos da viagem num ônibus clandestino.
Conforme o levantamento, foram 70 ônibus clandestinos de viagem apreendidos entre janeiro e março nas rodovias estaduais e federais de São Paulo. Esse é o maior número para o período dos últimos 5 anos, segundo levantamento da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a pedido da Rádio Bandeirantes.
Se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, houve aumento de 775% nas apreensões, quando houve apenas oito registros. O crescimento, segundo o gerente de fiscalização da ANTT, Hugo Leonardo Cunha Rodrigues, deve-se a uma mudança no método das operações.
A “origem” das viagens clandestinas, na grande maioria, é o centro da cidade de São Paulo. São locais que nada se parecem com rodoviária, mas vendem passagens de ônibus para diversas localidades do País. Minas Gerais, Ceará, Piauí e o Maranhão são os estados mais procurados, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Em uma agência regularizada, a mesma viagem sai por, no mínimo R$ 820, mais ou menos o dobro preço. O coordenador de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO, Pedro Augusto Borges, alertou para os riscos da viagem num ônibus clandestino.
"Ele [o passageiro] acaba optando por um veículo que não passou pela vistoria padrão das condições mecânicas, de segurança e estruturais. Os condutores, que muitas vezes fazem parte dessas operações clandestinas, não têm um treinamento adequado e um descanso adequado entre as viagens. Eu costumo comparar com outro transporte que é o transporte por avião. Acredito que quase ninguém optaria por escolher por uma viagem clandestina de avião e temos que pegar essa percepção de risco e trazer para o modal rodoviário", afirma Pedro.
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