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OBSERVATÓRIO promove Webinar - Pesquisa CNT de Rodovias 2023

Maior e mais completo estudo sobre infraestrutura rodoviária no Brasil

Escrito por Portal ONSV

28 FEV 2024 - 17H43

O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária realizou hoje (28), o Webinar - Pesquisa CNT de Rodovias 2023. Com a finalidade de apresentar e discutir os resultados da pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).

A Pesquisa CNT de Rodovias tem como objetivo realizar um levantamento das características e avaliar as condições da malha rodoviária pavimentada brasileira que afetam, direta ou indiretamente, as condições de trafegabilidade e segurança. Com a mediação realizada pelo head de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO, Pedro Borges, a pesquisa foi apresentada pelo gerente-executivo de Estatística e Pesquisa da CNT, Jefferson Cristiano.

O evento contou também com a participação do Policial Rodoviário Federal, Márcio Camargos; o coordenador de Obras da DIR – DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Rodrigo Pontes; e o coordenador de Planejamento da Fiscalização de Infraestrutura Rodoviária – ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Sérgio Rodrigues.

“Apesar da gente ter quase 2 milhões de km de rodovias, sofremos com uma falta de infraestrutura adequada, sofremos com uma falta de infraestrutura adequada, somente 12% dessas rodovias hoje, são pavimentadas, ressaltou Jefferson Cristiano em sua fala inicial.

Durante a sua apresentação, ele comparou o Brasil com outros países de dimensão aproximada, considerando a extensão em km dividido por 1.000 km², o Brasil possui uma densidade de 25 km a cada 1.000 km². Na comparação, a China possui a maior porcentagem de malha rodoviária pavimentada, com 447 km a cada 1.000 km².

Ainda o gerente-executivo de Estatística e Pesquisa da CNT, destacou uma outra dificuldade que é a evolução da extensão federal pavimentada em comparação à frota total de veículos, no comparativo, foram utilizados os anos de 2012 a 2022.

“Quando fazemos um recorte de 10 anos, a malha rodoviária federal pavimentada teve um crescimento de somente 2,5%, enquanto a nossa frota de veículos aumentou 51,2% nesse mesmo tempo. Então a gente tem um problema da disponibilidade da infraestrutura, a densidade da malha disponível e um aumento muito maior da nossa frota. Isso acaba trazendo um problema logístico para o país, porque a capacidade hoje, das nossas rodovias, já se encontra saturada”, explicou.

Questionado se a PRF observa uma relação entre os dados levantados pela pesquisa da CNT e a situação do nível da segurança viária nas rodovias brasileiras, considerando principalmente, a quantidade de sinistros, a gravidade e a quantidade de vítimas fatais ou gravemente feridas, o Policial Rodoviário Federal, Márcio Camargos, ressaltou que é um desafio para os agentes relacionarem causas diretamente de infraestrutura.

“Porque a gente sabe que nem sempre consegue identificar algo que influenciou e um outro aspecto, a gente também tem que entender que a infraestrutura, mesmo que não tenha contribuído diretamente para a causa do sinistro, ela também influencia diretamente no seu desdobramento, na gravidade das lesões, daí o conceito Rodovias que Perdoam, que estão sim, diretamente relacionar fatores estruturais com sinistros viários”, pontuou.

O coordenador de Obras da DIR – DNIT, Rodrigo Pontes, contribuiu com o tema explicando que a questão do orçamento direcionado às rodovias impacta diretamente às ações

“Se a gente procurar o orçamento que foi disponibilizado ao DNIT nos últimos anos, com o decrescimento do recurso, isso impacta por exemplo, no plano nacional de manutenção rodoviária, que você simplifica o tipo de contrato. Então o esforço do DNIT é o de manter toda a cobertura a todas as rodovias com o contrato de manutenção para que eles possam efetivamente, atuar nas patologias e melhorias das rodovias. À medida que os recursos vão ficando escassos, a gente tem que trabalhar com contratos simplificados, com intervenções que não chegam nas estruturas do pavimento e isso, ao longo de alguns anos vai ter significativo impacto até na segurança viária.”

O coordenador de Planejamento da Fiscalização de Infraestrutura Rodoviária – ANTT, Sérgio Rodrigues destacou como os dados levantados pela pesquisa CNT vão de encontro com o desempenho da infraestrutura avaliada pela própria ANTT no caso das rodovias concedidas.

“A gente há alguns anos acompanha a pesquisa e é interessante que no ano passado a superintendência [da ANTT] fez um ciclo de conversas com cada concessionária para discutir também os resultados da pesquisa. Porque ela busca pontos específicos, quando ela trata de sinalização, ela trata de placas específicas, quando ela trata de geometria, ela trata de itens específicos de geometria. Alguns, com um pouco caros para nós, porque eles estão dentro de um programa de exploração da rodovia, onde alguns investimentos estão previstos para anos à frente”, destacou.

Sérgio Rodrigues ainda argumentou que, “é interessante quando a gente olha a pesquisa e já fizemos reuniões em Brasília com a equipe da CNT para tratar da pesquisa também, é interessante notar que nos dados comentados, ‘trecho de pista dupla no Brasil na malha 0,6%’, a nossa malha federal concedida era quase 37%. Então a gente tem um compromisso por um tráfego de longa distância e de grande capacidade que é diferente. [...] Quando a gente olha os dados da agência, a gente tem por volta de 2/3 dos itens entre ótimo e bom, tanto para pavimento, sinalização e geometria. Se a gente vai a fundo na pesquisa, a gente avalia que algumas concessões específicas, algumas que apresentam uma eventual dificuldade financeira acabam contribuindo negativamente e outras, positivamente.”

Assista ao webinar completo:

Acesse à Pesquisa CNT de Rodovias 2023: https://pesquisarodovias.cnt.org.br/

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