O Rio de Janeiro comemorou nesta segunda, dia 21 de março, os sete anos de implantação da Lei Seca naquele estado. O evento foi marcado com uma missa em ação de graças, na Igreja de Nossa Senhora da Candelária, no Centro do Rio, com a participação de mais de 200 pessoas, a grande maioria agentes da Operação.
Em reconhecimento a este projeto que é exemplo e já serviu de modelo para 20 estados do Brasil, o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária destaca os resultados da Lei Seca, um orgulho para todo o país, que vê na seriedade e avanços do projeto uma contribuição enorme para reduzir as mortes no trânsito, sobretudo, no combate à impunidade aos crimes de trânsito e na conscientização da sociedade para ampliar a segurança viária e proteger vidas.
Desde a sua criação no Rio de Janeiro, a Operação Lei Seca, até a madrugada de quinta-feira (17/03), já abordou 2.146.476 motoristas, 422.833 foram multados, 83.858 veículos foram rebocados e 145.422 motoristas tiveram a CNH (carteira Nacional de Habilitação) recolhida. Neste período foi comprovada a alcoolemia em 154.813 motoristas.
O OBSERVATÓRIO entrevistou o Tenente Coronel Marco Andrade, coordenador da Operação Lei Seca, no Rio, para também comemorar essa data. A entidade colocou o projeto como uma das “boas práticas” a ser seguida em todo o território brasileiro, no Seminário Urbanidade, por uma mobilidade segura, em Brasília, em novembro do ano passado. Confira a entrevista.
ONSV: Qual o balanço da Lei Seca no Rio nestes sete anos de trabalho?
Ten. Cel. Marco Andrade: Quase 155 mil motoristas que apresentavam sinais de embriaguez tiveram suas carteiras de habilitação recolhidas pela Lei Seca, desde que a operação ganhou as ruas, há sete anos. O número de pessoas alcoolizadas flagradas ao volante vem caindo gradualmente, desde 19 de março de 2009. O percentual de motoristas embriagados abordados nas blitze era de 7,9%, em 2009. A taxa média atual é de 5,1%. Outros números da Lei Seca impressionam: mais 2,1 milhões de motoristas já foram abordados em mais de 15 mil ações de fiscalização por todo o estado.
ONSV: Como a Lei Seca mudou o comportamento do motorista carioca? Como os números comprovam essa mudança de realidade?
Ten. Cel. Marco Andrade: A Lei Seca promoveu uma mudança significativa de hábitos em relação ao trânsito. Essa percepção é confirmada pela preservação de vidas em todo o estado. O Rio de Janeiro apresentou redução de 30%, em média, no número de motoristas flagrados embriagados nas nossas blitze. Esse é um presente da sociedade fluminense para a Lei Seca – afirma o coordenador da operação, tenente-coronel Marco Andrade.
ONSV: E quais os outros impactos da Lei Seca para a sociedade?
Ten. Cel. Marco Andrade: Além do aspecto educativo e de fiscalização, a Lei Seca também gerou bons resultados para a segurança pública. Durante as blitze, foram capturados 134 foragidos da Justiça. Os agentes também recuperaram 127 veículos roubados e apreenderam 54 armas de fogo foram.
ONSV: Em relação à mortalidade e aos feridos no trânsito, quais foram os resultados da Lei Seca no Rio?
Ten. Cel. Marco Andrade: A Operação Lei Seca proporcionou, em sete anos, uma redução considerável no número de mortos e feridos no trânsito do Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de vítimas fatais passou de 59 por 100 mil veículos, em 2009, para 29 por 100 mil veículos, em 2015.
A taxa de feridos em acidentes de trânsito também apresenta queda. Em 2009, 991 pessoas se envolveram em acidentes com vítimas (a cada 100 mil veículos). Já em 2015, 653 pessoas ficaram feridas em acidentes de trânsito.
ONSV: O foco da operação não é somente a cidade do Rio, a operação também já está presente no interior do Estado?
Ten. Cel. Marco Andrade: No interior do estado, a Operação Lei Seca já abordou mais de 100 mil motoristas ao longo de 2 anos. Neste período, foi detectada alcoolemia em 11.006 motoristas. O percentual de casos de alcoolemia no interior ultrapassa a média da capital. Enquanto na Região Metropolitana a média mensal é de 5,1%, no interior este número é mais que o dobro: 10,6%. Vamos intensificar as ações no interior.
ONSV: Os bons resultados da operação têm servido de modelo para outros estados?
Ten. Cel. Marco Andrade: A Operação Lei Seca já serviu de inspiração para outros estados do Brasil e até para o exterior: 20 delegações brasileiras, entre elas Pernambuco, Acre, Rondônia e Alagoas; e duas delegações internacionais (Venezuela e Espanha) enviaram comitivas ao Rio de Janeiro para “importar” o modelo de gestão da Lei Seca fluminense.
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