Descanse em paz, Gabriel!
“Ele era carinhoso, ontem mesmo disse que me amava”. Dizia repetidas vezes Ionar Silveira, avó materna de Gabriel Henriques Dias de Oliveira, de 3 anos, durante o enterro do seu neto. O menino morreu após cair de um táxi - onde estava com a avó, a mãe e um primo de 2 anos - e ser atropelado por um ônibus, na noite de terça-feira, no centro de Niterói. O corpo de Gabriel foi enterrado, na tarde de ontem, no Cemitério do Maruí, no bairro do Barreto, em Niterói, onde estiveram presentes cerca de 100 pessoas.
O avô paterno, Luiz Carlos Oliveira, lamentou a morte do neto e suplicou um alerta a mães que tem filhos pequenos. “Espero que as mães tomem conta de seus filhos. Eu não sei o que aconteceu, então não posso afirmar, mas talvez tenha faltado um pouco de atenção da Gisele (mãe da criança). Gabriel era muito esperto e divertido. Meu filho está muito abalado com a perda do primeiro filho dele”, disse Luiz Carlos.
De acordo com o pai da criança, Lucas Souza de Oliveira, de 19 anos, mãe e filha - que moravam em Santa Rosa, zona sul da cidade - estariam indo para uma igreja em Nova Brasília, Engenhoca, quando ocorreu o acidente. “Elas pegaram um taxi para ir a igreja e acabou acontecendo esse acidente. Eu estava em casa no momento e recebi a ligação da minha mãe contando o que tinha ocorrido. Ele era meu filho mais velho e é realmente muito triste”, relatou Lucas, que tem outro filho de 2 anos de outro relacionamento e está esperando uma menina.
Abalada, a mãe da criança, identificada apenas como Gisele, de 18 anos, não quis prestar declaração a imprensa.
Investigações - De acordo com a polícia, os dois motoristas, do táxi e do ônibus, já prestaram depoimento. O próximo passo da investigação será ouvir a mãe e a avó do menino, que estavam com ele no veículo. As gravações das câmeras do ônibus e da rua, onde ocorreu o acidente, vão ser recolhidas e serão parte da investigação. Gabriel e seu primo, de 5 anos, que também estava no táxi, não usavam cinto de segurança.
Para o delegado responsável, Glaucio Paes da Silva, da 76ªDP (Centro), a perícia vai definir o rumo das investigações.
Especialista aponta imprudência
Para Paulo Guimarães, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento do Observatório Nacional de Segurança Viária, ocorreu imprudência de ambas as partes, tanto da família da criança, quanto do motorista do táxi.
“Qualquer carro de 4 portas tem uma trava de segurança. O motorista pode travá-las de forma que ninguém consiga abrir as portas traseiras por dentro. Porém, é recomendável que nesta idade, a criança esteja sempre segura por um responsável”, disse.
Ainda de acordo com Paulo, as cadeirinhas que são obrigatórias para o transporte de crianças nos carros de passeio, não são regulamentadas para os táxis. “Nossa lei de trânsito não prevê que os táxis usem cadeirinha. O menino deveria usar o cinto de segurança, com assento suspenso para ficar seguro”, revelou.
Fonte: Jornal O São Gonçalo
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