O número de motociclistas e de ocupantes de motocicletas mortos em acidentes de trânsito nas cidades que compõem a RMC (Região Metropolitana da Campinas) cresceu 36% em 2015 (último ano com dados oficiais disponíveis). É o que revela análise do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária sobre os números disponibilizados pelo DataSUS, banco de estatísticas do Ministério da Saúde.
A elevação demonstra a necessidade de atenção à segurança desses condutores, os mais vulneráveis entre os ocupantes de veículos motorizados, já que para outros tipos de modais (carros, bicicletas, pedestres), os números, que são ainda preliminares e podem variar positiva ou negativamente, mostram queda. Se em 2014 os acidentes de trânsito envolvendo motociclistas e seus passageiros atingiram de modo fatal 149 pessoas, em 2015 o número de mortos somou 203 motociclistas/passageiros.
De acordo com Jorge Tiago Bastos, professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), voluntário do OBSERVATÓRIO e autor do estudo comparativo, a implantação de ações voltadas para a reversão deste quadro é fundamental nas cidades da RMC. “Considerando que já nos dados preliminares analisados foi verificada esta elevação expressiva, quando vierem os dados consolidados a realidade pode ser ainda mais preocupante”, pondera Bastos.
Segundo entende o professor é fundamental que motociclistas saibam da importância do uso dos equipamentos de proteção; que botas e roupas grossas, adequadas para quem utiliza moto, são indicadas para sua segurança e não para protegê-los do vento ou frio, e não podem ser dispensadas nos dias de calor. Do mesmo modo, o capacete em condições ideais - e sempre com a viseira baixada - deve ser visto como dispositivo de proteção e não usado apenas para evitar multas.
O motociclista deve, ainda, ter consciência da obrigatoriedade de cumprir as regras de trânsito e o limite da velocidade, em benefício de sua segurança e das pessoas com as quais divide as vias. “São posturas que todos os condutores de moto devem ter e devem ser reforçadas seja por campanhas educativas ou outro tipo de ação que vise segurança. Assim como os outros motoristas devem, de igual forma, respeitar os motociclistas”, diz.
Se os dados preliminares do DataSUS revelam crescimento preocupante do número de acidentes fatais com motociclistas e seus passageiros em 2015, mostram, por outro lado, queda nas ocorrências fatais envolvendo outros modais.” O modo de transporte que apresentou maior redução foi o ciclista, com queda de 33%, de 30 para 20 mortes na RMC’, explica o professor. Na sequência vêm os pedestres, com redução de 11%, (de 134 para 119 mortes) e, por último, os ocupantes de automóvel, com diminuição de 4% , passando de 85 para 82 mortes).
No cômputo geral, ressalta Bastos, houve redução de 12% no total de mortes em acidentes de trânsito na RMC, ainda conforme os dados preliminares disponibilizados pelo DataSUS. Em 2014, os números revelaram 450 mortes em acidentes de trânsito em todos os municípios que compõem a região metropolitana; já em 2015, indicaram 366 vítimas fatais.
“Individualmente, os maiores municípios da região também apresentaram reduções. Em Campinas, por exemplo, a queda foi de 21%; em Sumaré, de 17%,; em Americana, de 37% e em Indaiatuba, de 22%, considerando os dados de 2014 comparados aos de 2015”, complementa o professor.
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O Observador Certificado André Ferreira falou ontem (25), ao Assis City, portal de notícias do interior de São Paulo, sobre o aumento de mortes no trânsito em todo o estado de São Paulo, sinistros que registram ainda motociclistas como maioria das vítimas.
PROSEG PARANÁ - Programa de Segurança Viária das Rodovias Estaduais do Estado do Paraná
O relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre segurança no trânsito 2023 detalha a escala das mortes no trânsito global e o progresso no avanço de leis, estratégias e ações para reduzi-las em todo o mundo. O relatório mostra que o número de mortes no trânsito caiu ligeiramente para 1,19 milhão por ano, e que os esforços para melhorar a segurança nas estradas estão tendo impacto. No entanto, o preço pago pela mobilidade continua muito alto, e uma ação urgente é necessária se a meta de reduzir pela metade as mortes e ferimentos no trânsito até 2030 for alcançada.
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Com o intuito de orientar os prefeitos e gestores públicos quanto à perenidade das ações do Minas Led*, assim como as melhores práticas no que diz respeito à iluminação pública, a Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais, lançou a Revista Minas Led. Em sua primeira edição, traz a entrevista do CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, que fala sobre a contribuição da iluminação pública para o trânsito seguro e mobilidade urbana.
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