A 3ª Conferência Ministerial Global sobre Segurança Viária da ONU, lançou o chamado para reduzir as mortes no trânsito em pelo menos 50% até 2030. O Brasil é o quarto país com mais mortes no trânsito, segundo dados da OMS – atrás de China, Rússia, Índia e Estados Unidos. Entrevistado pela RFI, o diretor de relações institucionais do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Francisco Garonce, falou sobre esse desafio.
Como um dos representantes do OBSERVATÓRIO na conferência em Estocolmo, Garonce comentou: “É preciso observar que a frota de veículos dos Estados Unidos é muito maior, com cerca de 120 milhões de carros a mais do que a frota brasileira”, observa.
A média mensal de vítimas em rodovias federais aumentou quando o governo Jair Bolsonaro determinou a suspensão dos radares móveis, em agosto de 2019, a fim de evitar o que classificou como “indústria das multas”. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), compilados pela organização SOS Estradas, entre agosto e outubro do ano passado o número de mortes aumentou 2%, e o de feridos 9,1%.
“Hoje, a Polícia Rodoviária Federal está utilizando os radares móveis, que foram suspensos temporariamente”, afirma Garonce. “O problema é que muitos radares foram instalados fora das normas previstas pela legislação, por exemplo, atrás de árvores. É papel do Ministério Público determinar a regularização”, enfatiza.
Sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que defendeu a retirada dos radares pelo “prazer de dirigir”, Garonce observa que a sociedade como um todo precisa abraçar a causa por maior segurança no trânsito.
“Pode-se perder o prazer de dirigir livremente, mas ganha-se em vidas. O ideal é alcançar velocidades de 30 km por hora, para que ninguém mais morra no trânsito”, ainda segundo Garonce, um dos maiores desafios do Brasil é com a segurança dos motociclistas.
“Por exemplo, no Norte e no Nordeste do Brasil o número de vítimas causadas por acidentes com motocicletas já ultrapassa a quantidade de pedestres mortos em acidentes de trânsito”, finaliza.
Leia a matéria completa em: http://www.rfi.fr/br/europa/20200219-onu-quer-reduzir-em-50-os-mais-de-1-milh%C3%A3o-de-mortes-por-acidentes-no-tr%C3%A2nsito
OBSERVATÓRIO disponibiliza painel com dados da PRF
O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária passa a disponibilizar em seu portal um painel com os dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) relacionados aos sinistros de trânsito ocorridos em rodovias federais. Os dados são compilados a partir do BAT (Boletim de Acidente de Trânsito) desde o início da série histórica, em 2007.
Placa de Identificação Veicular Mercosul no Brasil é tema de webinar promovido pelo OBSERVATÓRIO
O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária realizou hoje (27), o webinar “Placa de Identificação Veicular Mercosul no Brasil”, com o objetivo de apresentar e discutir as evoluções das normas e legislações acerca das placas padrão Mercosul e seu uso no Brasil.
3º ano seguido com alta de mortes no trânsito brasileiro
A reportagem da última terça-feira (19), do jornal DW Brasil - Deutsche Welle emissora internacional da Alemanha - alertou para o 3º ano seguido de alta de mortes no trânsito brasileiro. Para avaliar o atual cenário de mortes no trânsito brasileiro, a reportagem consultou Jorge Tiago Bastos, professor do Departamento de Transportes da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e coordenador do acordo de cooperação técnica entre a universidade e o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária.
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