O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária realizou hoje (31), o Webinar: Excesso de Velocidade e Ambiente Urbano. O objetivo do seminário virtual foi de apresentar e debater evidências relacionadas à prática do excesso de velocidade em ambiente urbano, utilizando como estudo de caso a cidade de Curitiba, no Paraná.
Foram discutidos aspectos como a hierarquia viária, uso do solo e desenho viário, alguns trabalhos acadêmicos relacionados à temática e apoiados pelo OBSERVATÓRIO também foram apresentados e discutidos.
O evento foi mediado por Pedro Augusto Borges dos Santos, head de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO; contou com a participação do Prof. Jorge Tiago Bastos, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná, coordenador do acordo de cooperação técnica entre o OBSERVATÓRIO e a UFPR (Universidade Federal do Paraná) e membro do conselho deliberativo do OBSERVATÓRIO; Louise Fuhrmann, acadêmica de Engenharia Civil (UFPR) e estagiária do OBSERVATÓRIO.
Teve também como participantes: Flávio Soares de Freitas, gerente de Projetos da Ciclocidade; Gustavo Garrett, gerente de Programas de Segurança Viária da Setran de Curitiba; e Diego Hoffmann, diretor de Tecnologia da Abeetrans.
Durante a transmissão, o professor Tiago Bastos também alertou para a questão das leis de limites de velocidade nas vias urbanas do país, um dos fatores de risco com pior avaliação, baseado em dados da Organização Mundial de Saúde.
“Por que o Brasil tem sido mal avaliado? Justamente porque o limite de velocidade nas nossas vias urbanas é muito alto. Destoando de países mais desenvolvidos que hoje são referências em termos de segurança viária como a Holanda, onde o limite nas vias urbanas é de 50 km/h, limite regulamentar do Código de Trânsito”, ressaltou.
Louise Fuhrmann, acadêmica de Engenharia Civil (UFPR) e estagiária do OBSERVATÓRIO pontuou em sua fala, após a explicação sobre os resultados gerais do excesso de velocidade em Curitiba que “a prática do excesso de velocidade não vai acarretar em ganho de tempo significativo aos condutores, pelo contrário, ela traz um risco aos condutores.”
Questionado sobre as tendências tecnológicas de fiscalização eletrônica de velocidade e como elas podem aprimorar na redução do excesso de velocidade em ambientes urbanos, Diego Hoffmann, diretor de Tecnologia da Abeetrans, explicou que há cada dia temos novas tecnologias sendo empregadas nos equipamentos de fiscalização. Ressaltou também que atualmente existe uma mudança na tecnologia de medição de velocidade e detecção de veículos.
“Se houver um esforço legal de nossos legisladores para que, de fato, haja uma regulamentação desse tipo de funcionalidade da fiscalização com média de velocidade por trecho, com certeza os resultados em termos de redução de acidentes serão muito expressivos”, frisou Diego Hoffmann, diretor de Tecnologia da Abeetrans.
Flávio Soares de Freitas, gerente de Projetos da Ciclocidade, explicou o papel das organizações da sociedade civil e como elas podem se articular para que as evidências apresentadas no webinar promovido pelo OBSERVATÓRIO possam se transformar em políticas públicas.
“O papel das organizações da sociedade civil, e a Ciclocidade certamente está nesse grupo, não só representa interesses difusos de organizações, no nosso caso, de ciclistas e pedestres, mas no caso do executivo em São Paulo, por exemplo, que mudou a secretaria de mobilidade de trânsito sete vezes nos últimos anos. Então quando o secretário muda o corpo técnico, perde-se o histórico de planejamento, aquela visão de cidade compartilhada, que às vezes se demora para construir. Ela rapidamente se perde quando troca todos os atores. Então a sociedade civil acaba servindo não só como lembrete dessas políticas, mas como uma cola entre os diferentes setores que fazem esses diferentes tipos de planejamentos para que eles comecem de novo a fazer um planejamento conjunto”.
Gustavo Garrett, gerente de Programas de Segurança Viária da Setran de Curitiba destacou algumas práticas que a administração local de Curitiba vem aplicando para combater a problemática do excesso de velocidade e velocidades inadequadas no perímetro urbano do município.
“Nós trabalhamos com vários motes, vários fatores de condutas de risco no trânsito de Curitiba, fizemos diversos diagnósticos e trabalhamos alguns pontos importantes para a redução da velocidade aqui em Curitiba. [...] Curitiba implantou lá em 2015, uma área calma central, onde a velocidade máxima na região central de Curitiba foi definida em 40 km/h, e isso melhorou muito a questão de acidentalidade e principalmente os acidentes fatais na região central de Curitiba, que é muito demandada, obviamente por pedestres”, argumentou.
Assista: https://www.youtube.com/live/_thjSJJjAc0?feature=share
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