País de dimensões continentais, o Brasil tem o transporte rodoviário como principal sistema logístico para movimentar cargas e passageiros. Pela malha de 1.751.868 quilômetros de estradas e rodovias brasileiras, a quarta maior do mundo, passam 56% de toda a carga movimentada no território. Nela também o número de acidentes fatais envolvendo caminhões/ônibus, registrou aumento de 15% no período de 2010 a 2014, atrás apenas dos ocupantes de motocicletas (16% no mesmo período).
O percentual foi obtido por meio de análise feita pelo ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária), que usou como base os dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, sobre o total de mortos nas vias e rodovias brasileiras, cuja consolidação foi divulgada em junho. Os últimos números consolidados disponibilizados pelo DataSUS se referem ao ano de 2014 e estão também no Portal de Estatísticas iris, do ONSV (onsv.org.br).
As causas para esta elevação são diversas e variam desde as condições da infraestrutura de muitas vias e rodovias brasileiras (em especial as não concessionadas), até imprudência, excesso de trabalho, ou de confiança, de caminhoneiros que, para chegarem mais rápido ao destino, e com isso conseguir maior número de fretes, o que pode garantir maior ganho financeiro, muitas vezes desrespeitam as regras legais.
Segundo Renato Campestrini, responsável pela área de Desenvolvimento e Pesquisa, do OBSERVATÓRIO, a questão do cansaço do condutor do caminhão, ou do ônibus, é um fator de risco anunciado. “Às vezes eles são colocados para realizar viagens em ritmos extenuantes, que os levam ao uso de substâncias não permitidas, que podem contribuir para a ocorrência de acidentes”, pondera.
Campestrini aponta também o excesso de velocidade, além da falta de manutenção, ou a manutenção deficiente, dos veículos como fator gerador de acidentes que contribuem para engrossar a estatística de mortos no trânsito do Brasil que, em 2014, somou 43.780 pessoas. “Quem transita em algumas rodovias federais no período noturno sabe do que estou falando, já que, nelas é comum ver carretas com limite regulamentado em 80Km/h a transitar bem acima dos 120Km/h, quando o limite para veículos leves é 110Km/h”, explica.
Se por um lado, as rodovias mal conservadas oferecem risco por conta da infraestrutura deficiente, nas vias em boas condições de pistas e sinalização, destaca Campestrini, é comum ver condutores exagerando na velocidade pela sensação de segurança proporcionada. Como exemplo, ele cita a BR-116 que no trecho entre São Paulo e Curitiba, depois das melhorias na via, registrou aumento de 20% no número de acidentes. “O pessoal passou a acelerar mais, diferentemente de quando os buracos tomavam conta do pavimento”, aponta. Campestrini destaca ainda a existência de localidades em que a geometria da via (suas curvas, por exemplo) pode contribuir para a ocorrência de acidentes”.
Osasco e o compromisso com o trânsito seguro
O OBSERVATÓRIO e a Uber, empresa Mantenedora Social do ONSV, foram recebidos com muito entusiasmo na última semana em Osasco, na grande São Paulo. A SMTU (Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade Urbana) e mais seis parceiros, além da Cia de Teatro Sopa de Comédia, promoveram uma manhã de mobilização na cidade.
OBSERVATÓRIO recebe doação para investimento em ações do Maio Amarelo
No último dia 14 de abril, o OBSERVATÓRIO recebeu a visita de Renato Fialho, Diretor de Novos Negócios da TSI Consultores, e Marcius D’Avila, Head de Negócios e Parcerias do Portal Safety. Os dois se reuniram com o CEO do OBSERVATÓRIO, Paulo Guimarães.
Segurança em Duas Rodas: Prevenção, Consciência e Dados são Pautas em Palestra na 99
Na última quinta-feira, 10, o Membro do Conselho Deliberativo do OBSERVATÓRIO, Prof. Dr. Jorge Tiago Bastos, conduziu uma palestra durante um evento interno da 99. A empresa, que é uma das mantenedoras sociais do OBSERVATÓRIO, busca contribuir ativamente para a redução de sinistros de trânsito e a promoção da conscientização sobre a segurança viária.
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