Dados registrados pelo Infosiga-SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) relatam que o número de motociclistas mortos em sinistros de trânsito na capital de São Paulo, superou, pela primeira vez desde o início da série histórica, o de pedestres. O diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária relaciona o aumento desses casos à má formação de condutores e a ausência de fiscalização das leis estabelecidas ao exercício da função de motofretista para a reportagem da revista MobiAuto, na última sexta-feira (26).
Em 2020, o número de óbitos de motociclistas foi de 308, no mesmo período, o número de pedestres mortos decorrentes de sinistros de trânsito foi de 271, segundo o Infosiga. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) indica que em 2018 e 19, o número de sinistros de moto com vítimas (não necessariamente fatais, mas que sofreram algum tipo de ferimento, seja leve ou gravíssimo), voltou a crescer no município após uma forte tendência de queda a partir de 2010 (acompanhada por outros tipos de meios de transporte, quase todos ainda em queda).
O número de infrações também é alto: só em 2020, de acordo com a CET, houve 4.380 autuações de motociclistas na cidade por avanço de sinal vermelho e absurdas 77.059 por excesso de velocidade. Dessas últimas, 19.073 foram com velocidade acima de 20% do limite da via.
Segundo José Aurelio Ramalho, presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, o aumento percentual na letalidade de motociclistas pode estar ligado a dois fatores: à má formação de condutores, que vêm passando cada vez mais tempo nas ruas a bordo de uma motocicleta, e à ausência de fiscalização de leis já estabelecidas para o exercício da função de motofretista.
“Se tivéssemos um treinamento melhor dos condutores, não teríamos tantos problemas. Nenhum Detran cumpre o recomendado para as aulas de motocicleta. Eles não fazem provas em circuitos nas ruas para avaliar o condutor que está tirando a carteira [de habilitação] de moto”, relata.
“Outro problema é que o estado [de São Paulo] dá o alvará de funcionamento para empresas e elas deixam entregadores se associarem sem cumprir a legislação. Existem leis que cobram que o entregador cumpra uma série de requisitos, assim como condutores profissionais de outras áreas, como taxistas ou motoristas de caminhão”, explica Ramalho.
“Mas, se a gente olhar as motos que passam com baú pelas ruas, dá para ver que boa parte delas possui placa cinza em vez da vermelha. Qualquer um se torna um entregador hoje, esteja com os requisitos cobrados por lei ou não”, completa.
Leia a reportagem completa: https://www.mobiauto.com.br/revista/como-apps-de-delivery-fizeram-moto-virar-o-transporte-mais-letal-de-sp/623
Foto: Divulgação/Mobiauto
Osasco e o compromisso com o trânsito seguro
O OBSERVATÓRIO e a Uber, empresa Mantenedora Social do ONSV, foram recebidos com muito entusiasmo na última semana em Osasco, na grande São Paulo. A SMTU (Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade Urbana) e mais seis parceiros, além da Cia de Teatro Sopa de Comédia, promoveram uma manhã de mobilização na cidade.
OBSERVATÓRIO recebe doação para investimento em ações do Maio Amarelo
No último dia 14 de abril, o OBSERVATÓRIO recebeu a visita de Renato Fialho, Diretor de Novos Negócios da TSI Consultores, e Marcius D’Avila, Head de Negócios e Parcerias do Portal Safety. Os dois se reuniram com o CEO do OBSERVATÓRIO, Paulo Guimarães.
Segurança em Duas Rodas: Prevenção, Consciência e Dados são Pautas em Palestra na 99
Na última quinta-feira, 10, o Membro do Conselho Deliberativo do OBSERVATÓRIO, Prof. Dr. Jorge Tiago Bastos, conduziu uma palestra durante um evento interno da 99. A empresa, que é uma das mantenedoras sociais do OBSERVATÓRIO, busca contribuir ativamente para a redução de sinistros de trânsito e a promoção da conscientização sobre a segurança viária.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Você está acessando este conteúdo de forma gratuita devido ao apoio dos nossos Mantenedores Sociais.
Os mantenedores sociais são empresas que apoiam financeiramente e estrategicamente o OBSERVATÓRIO, contribuindo para a transformação social e redução de vítimas no trânsito.
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.