Matérias

HC aponta que 67% dos acidentados com motos não foram à motoescola

Escrito por Portal ONSV

14 AGO 2013 - 18H21

"HC

Segundo Hospital das Clínicas, 20% estavam entorpecidos. Pesquisa analisou 326 vítimas em São Paulo, entre fevereiro e maio.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas de São Paulo, divulgada nesta quarta-feira (14), mostrou o perfil das vítimas de acidentes de moto na capital e apontou que 67% dos motociclistas acidentados não  frequentaram a motoescola.

O levantamento foi feito na capital entre fevereiro e maio, analisando os casos de 326 motociclistas envolvidos em colisões ou quedas. De acordo com a pesquisa, ao menos 21,3% dos usuários de motos consumiram álcool ou droga antes dos acidentes.

A pesquisa revelou que as principais vítimas não são os motoboys ou motofretistas, mas sim os motociclistas que utilizam a moto para ir e voltar do trabalho, correspondendo a 77% dos casos. Do total, 90% são homens com média de idade de 30 anos.

"Existe uma política que os sindicatos vêm elaborando há algum tempo, não é recente, algumas leis inclusive, que os motofretistas não gostam, como a direção defensiva, do tipo de baú, da roupa e dos equipamentos de segurança. Mas a pesquisa aponta de uma forma bem clara que essas políticas estão surtindo efeito, porque menos motoboys estão sofrendo acidente", disse Júlia Greve, coordenadora da pesquisa do Hospital das Clínicas.

Falta de experiência

Ainda segundo o levantamento do IOT, a falta de experiência é um dos fatores de risco. Os dados indicam que 23% não tinham habilitação e 33% das vítimas haviam tirado a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do tipo A, para motos, há menos de quatro anos.

Com pouca experiência, o motociclista fica mais vulnerável no trânsito, como foi o caso do vigilante noturno, Josuel Vicente da Silva, de 24 anos, que começou a utilizar moto para ir ao trabalho recentemente.

"Às vezes tem imprudência e também é um meio de transporte muito arriscado. Você fica muito exposto, qualquer acidente que sofre, se machuca. Não é igual a um carro, que para você se machucar, sofrer fraturas assim, tem que estar preso em ferragens", explica Silva.

O vigilante sofreu acidente de moto quando voltava do trabalho e fraturou o quadril e a perna. Durante ao menos três meses, Silva não poderá colocar o pé no chão.

De acordo com o IOT a maioria dos acidentes com motos ocorrem em horários de pico e 70% em vias retas.

Queda nas mortes em SP

De 2011 para 2012, o número de mortes de motociclistas na cidade de São Paulo caiu 14,5%, passando de 512 óbitos para 438, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP). A entidade credita a queda à intensificação do trabalho de fiscalização e as ações educativas - o órgão oferece curso de pilotagem defensiva para motociclistas.

Desde o início de maio, a CET está testando na cidade bolsões de retenção para motos, posicionados entre as faixas de pedestres e os veículos parados nos semáforos. Segundo o órgão, esta faixa exclusiva tem o objetivo de proporcionar mais segurança para motociclistas e ciclistas, evitando conflito com veículos maiores no momento em que o sinal abre.

A CET informa que esta iniciativa foi baseada em projetos que tiveram êxitos em Barcelona e Madri, ambas na Espanha. Segundo a entidade, estas faixas foram testadas em três cruzamentos em 2009 e, posteriormente, expandidas para outros locais, atingindo atualmente 60 (sessenta) cruzamentos sinalizados. A autoridade de trânsito de Barcelona, onde as motos são 29% da frota de veículos, avalia que a área de espera exclusiva para motos diminuiu em 90% o risco de acidentes com motos nos cruzamentos daquela metrópole.

Fonte: G1

Observador_certificado_alerta_para_aumento_de_mortes_em_todo_estado_de_sao_paulo
Observadores Certificados

Observador Certificado alerta para aumento de mortes no trânsito em todo o estado de São Paulo

O Observador Certificado André Ferreira falou ontem (25), ao Assis City, portal de notícias do interior de São Paulo, sobre o aumento de mortes no trânsito em todo o estado de São Paulo, sinistros que registram ainda motociclistas como maioria das vítimas.

Artigo_OC_Alvaro_Santos_Proseg_Parana
Artigos

PROSEG PARANÁ - Programa de Segurança Viária das Rodovias Estaduais do Estado do Paraná

O relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre segurança no trânsito 2023 detalha a escala das mortes no trânsito global e o progresso no avanço de leis, estratégias e ações para reduzi-las em todo o mundo. O relatório mostra que o número de mortes no trânsito caiu ligeiramente para 1,19 milhão por ano, e que os esforços para melhorar a segurança nas estradas estão tendo impacto. No entanto, o preço pago pela mobilidade continua muito alto, e uma ação urgente é necessária se a meta de reduzir pela metade as mortes e ferimentos no trânsito até 2030 for alcançada.

Iluminacao_publica_contribui_para_o_transito_seguro
Matérias

Iluminação pública contribui para o trânsito seguro

Com o intuito de orientar os prefeitos e gestores públicos quanto à perenidade das ações do Minas Led*, assim como as melhores práticas no que diz respeito à iluminação pública, a Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais, lançou a Revista Minas Led. Em sua primeira edição, traz a entrevista do CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, que fala sobre a contribuição da iluminação pública para o trânsito seguro e mobilidade urbana.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Portal ONSV, em Matérias

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.