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Morte de pedestres no trânsito registra queda de 19%

Escrito por Portal ONSV

20 JUL 2016 - 10H15

 Percentual tem como base análise feita a partir de dados consolidados do número de mortes ocorridas no trânsito brasileiro, divulgados pelo DataSUS

No ranking mundial de mortes em decorrência de acidentes de trânsito baseado em dados de 2010, o Brasil ocupa atualmente o terceiro posto, atrás apenas da China e da Índia. Mas um segmento, apesar de ainda registrar elevado número de casos, obteve queda no período entre 2010 e 2014: o de pedestres.

Análise dos números consolidados de mortes no trânsito disponibilizadas pelo DataSUS referentes ao ano de 2014, apontam queda de 19% no número acidentes fatais envolvendo pedestres.

De acordo com dados do portal SOMA, do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária), perderam a vida no trânsito brasileiro em 2010, 9940 pedestres. Em 2011 o número caiu para 9240 e, em 2012, para 8820. Já nos anos 2013 e 2014, os acidentes fatais envolvendo pedestres registraram, respectivamente, um total de 8220 e 8080 casos.

Embora a soma total de mortes (8080 casos) seja expressiva, a redução é igualmente significativa e pode ser atribuída a algumas ações que colaboraram para que ocorresse. Na avaliação de Renato Campestrini, responsável pela área de Desenvolvimento e Pesquisa do ONSV, o início da propagação de campanhas destinadas à conscientização dos condutores de veículos sobre o respeito aos pedestres, em várias cidades do país seguramente teve influência na queda.

Outro ponto destacado por ele é a fiscalização da prioridade do condutor para o trânsito dos pedestres. ‘Só na cidade de São Paulo, o número de autuações nesse sentido quase foi multiplicado por dez”, destaca Campestrini.

Ações que reduzam o montante de acidentes de trânsito são fortemente defendidas pelo ONSV, que atua, inclusive, no sentido de fomentá-las. “Não é possível que convivamos com o alto número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Temos de nos lembrar, sempre, que não é o carro, a motocicleta, ou o ônibus, que mata. Quem mata é a pessoa que está conduzindo. E que a redução depende de ações simples adotadas também pelos condutores”, destaca José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO.

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