As mortes causadas por acidentes de trânsito nas vias e rodovias do Brasil cresceram 3,6% em 2014, atingindo total superior a 43.780 pessoas. Este dado foi obtido em estudo realizado pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV), a partir de números oficiais, consolidados e disponibilizados pelo DataSUS, do Ministério da Saúde, e podem ser conferidos no Portal íris (íris.onsv.org.br), abrigado no site do OBSERVATÓRIO (onsv.org.br).
A elevação, ainda que pouco expressiva, é importante porque demonstra crescimento contínuo neste tipo de situação e rompimento de uma tendência de queda que foi verificada em 2013, quando a redução no número de acidentes com vítimas fatais no trânsito havia superado 5% em relação ao ano anterior.
De acordo com o estudo, a evolução do número de mortes no período de 2010 a 2014, quando considerado a categoria, demonstrou a queda das mortes envolvendo pedestres e ciclistas da ordem de 19% e 10%, respectivamente. Já para ocupantes de motocicleta houve aumento de 19%, seguida de 11% para ocupantes de automóveis e de 15% para caminhões e ônibus.
Quando a análise se dá por região geográfica e leva em conta também o período de 2010 até 2014, é possível notar que apesar de alguns estados terem registrado decréscimo no índice de mortes no período de 2010 a 2014, nenhum deles apresentou comportamento contínuo de redução nos biênios 2010/2011, 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014.
Considerando o índice de mortes por 10 mil veículos para o ano de 2014, o estudo apurou que os estados lideres neste ranking se localizam na região Nordeste. O Piauí (13,5 mortes por 10 mil veículos), Maranhão (13,0 mortes por 10 mil veículos) e Alagoas (12,3 mortes por 10 mil veículos) são também os estados que registraram o pior desempenho no quesito redução da acidentes. Já os melhores resultados foram distribuídos entre estados das regiões Sudeste (São Paulo 2,7), Sul (Rio Grande do Sul 3,2) e Centro Oeste (Distrito Federal 3,5).
Numa comparação entre o estado com melhor desempenho (São Paulo) e o com pior (Piauí), a diferença é de 400%, ou seja, a taxa de mortes por 10 mil veículos do pior colocado é praticamente o quíntuplo daquela do melhor colocado. Isso representa uma situação de contrastes ao longo do território nacional no que diz respeito à segurança viária; em certa medida reflexo da situação socioeconômica dos estados.
Os dados, observa Jorge Tiago Bastos, professor da Universidade Federal do Paraná e voluntário do ONSV, responsável pela elaboração do estudo, indicam que apesar de ser signatário do acordo estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para redução pela metade das mortes no trânsito até o final da Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, em 2020, o Brasil ainda está longe de cumpri-la, embora o governo federal tenha estabelecido iniciativas importantes (como a Lei Seca, a obrigatoriedade de airbag e ABS nos veículos novos), o Brasil ainda parece longe de atingi-la .
Na avaliação do diretor-presidente do ONSV, José Aurélio Ramalho, talvez os efeitos dessas iniciativas possam ser sentidas no médio e no longo prazo. Ele ressalta, porém, que o país necessita com urgência de medidas mais eficazes para a reversão deste quadro, que, além de provocar número significativo de mortes, provoca uma multidão de portadores de sequelas irreversíveis.
Com a missão de ser o catalisador da sociedade, OBSERVATÓRIO vem discutindo com representantes de vários segmentos da sociedade como os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da iniciativa privada e também entidades não governamentais, uma série de ações a serem implementadas a curto e médio prazo para uma mudança no atual quadro da segurança viária do país. Veja abaixo, o que é consenso entre vários entes, entre eles, Denatran e Ministério das Cidades:
Observador Certificado alerta para aumento de mortes no trânsito em todo o estado de São Paulo
O Observador Certificado André Ferreira falou ontem (25), ao Assis City, portal de notícias do interior de São Paulo, sobre o aumento de mortes no trânsito em todo o estado de São Paulo, sinistros que registram ainda motociclistas como maioria das vítimas.
PROSEG PARANÁ - Programa de Segurança Viária das Rodovias Estaduais do Estado do Paraná
O relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre segurança no trânsito 2023 detalha a escala das mortes no trânsito global e o progresso no avanço de leis, estratégias e ações para reduzi-las em todo o mundo. O relatório mostra que o número de mortes no trânsito caiu ligeiramente para 1,19 milhão por ano, e que os esforços para melhorar a segurança nas estradas estão tendo impacto. No entanto, o preço pago pela mobilidade continua muito alto, e uma ação urgente é necessária se a meta de reduzir pela metade as mortes e ferimentos no trânsito até 2030 for alcançada.
Iluminação pública contribui para o trânsito seguro
Com o intuito de orientar os prefeitos e gestores públicos quanto à perenidade das ações do Minas Led*, assim como as melhores práticas no que diz respeito à iluminação pública, a Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais, lançou a Revista Minas Led. Em sua primeira edição, traz a entrevista do CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, que fala sobre a contribuição da iluminação pública para o trânsito seguro e mobilidade urbana.
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