Na última segunda-feira (29), o jornal Diário do Grande ABC, em São Paulo, apresentou dados referentes ao número da população e da frota de veículos registrada nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo e São Caetano, e constatou que o número da frota supera o da população maior de 18 anos nessas cidades. O CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, foi consultado pela reportagem e explicou os dados apresentados.
A frota de veículos registrada nas cidades de São Bernardo e São Caetano, que abrange automóveis, motocicletas, caminhonetes e caminhões, entre outros, supera a população de 18 anos ou mais, ou seja, aqueles que podem obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A frota total do município são-caetanense chega a 148.655, enquanto a população com idade igual ou superior a 18 anos é de 134.901 pessoas, resultando em uma média de 1,1 veículo por pessoa. Na cidade são-bernardense, o número cai para 1,01, sendo uma frota de 648.424 para a população de 641.274.
A análise é baseada em dados da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) e do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que desmembrou por faixa etária a pedido do Diário do Grande ABC. Nas sete cidades que compõem o Grande ABC, a média foi de 0,93 veículo por habitante, com frota total de 1.987.883 veículos para 2.132.055 pessoas. A média é inferior à registrada no estado de São Paulo, de 0,97, porém consideravelmente superior à média nacional, de 0,78.
Para Paulo Guimarães, CEO do OBSERVATÓRIO, um dos problemas da região é a concentração de população, já que existem poucas áreas rurais no Grande ABC. Ele disse que a população, ao longo do tempo, foi se acostumando a utilizar o transporte individual, o que gera aumentos no tempo de deslocamento, congestionamentos e poluição. Paulo Guimarães explicou que os problemas são inerentes às cidades, já que elas estão totalmente ocupadas, não tendo espaço para fazer adequações significativas no sistema viário, como novas avenidas, alargamentos ou melhorias de raio de giro.
Uma das estratégias apontadas é o incentivo ao transporte coletivo. Em São Caetano, a tarifa zero em linhas municipais está vigente desde novembro de 2023. Paulo Guimarães reforçou que não se trata de demonizar os veículos, mas sim de oferecer opções à população para que ela possa escolher o que for melhor. O CEO do OBSERVATÓRIO apontou que o custo é um elemento muito importante, seja individual ou coletivo, e, nesse sentido, a tarifa zero ajudaria a proporcionar essa atratividade ao sistema de transporte público.
“É criar incentivos para que a população deixe o transporte individual e passe a utilizar o público. Uma das formas é colocando restrições, como o rodízio municipal na Capital e a proibição de tráfego em algumas avenidas”, disse. “Mas também é necessário criar incentivos e melhorar a atratividade do transporte público, seja por meio de melhoria de tarifa, aumento de oferta ou estruturação de corredores, onde o sistema de transporte público terá prioridade sobre os veículos individuais.”
Leia a matéria completa: https://www.dgabc.com.br/Noticia/4153244/s-bernardo-e-s-caetano-possuem-mais-veiculos-que-maiores-de-18
Foto: Celso Luiz/DGABC/Divulgação
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