Mortes entre ocupantes de automóveis cresceram duas vezes, enquanto entre motociclistas o aumento foi de 18 vezes nos últimos 24 anos
A BBC News Brasil destacou os números de mortes e lesões no trânsito brasileiro e revelou que os motociclistas são os que mais morrem envolvidos em sinistros de trânsito. O diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, José Aurelio Ramalho, foi ouvido pela reportagem para analisar esses dados.
De acordo com o Instituto para a Avaliação de Métricas em Saúde da Universidade Washington, nos Estados Unidos, batidas e atropelamentos são a oitava principal causa de morte no país. Se subtrairmos as doenças desse ranking, os sinistros de trânsito figuram em segundo lugar, atrás apenas da violência interpessoal.
Nas últimas duas décadas, o número de vítimas do trânsito no país vem caindo aos poucos: entre 2011 e 2020, essa taxa foi reduzida em 30%. Mas isso não foi suficiente para que o Brasil cumprisse a meta de cortar em 50% esse tipo de fatalidade, como estipulado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e a ONU (Organização das Nações Unidas).
Um levantamento feito pela BBC News Brasil a partir do DataSUS — o banco de dados públicos do Sistema Único de Saúde — revela que existe um perfil de quem mais morreu nas ruas, avenidas e estradas nos últimos anos. "Essas mortes costumam seguir um padrão claro: em sua maioria são motociclistas, jovens e indivíduos do sexo masculino", analisa José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária.
De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possuía em 2006 um total de 45 milhões de veículos de todos os tipos — destes, 27 milhões (61% do total) eram carros e 9 milhões (20%) eram motocicletas. Em 2020, esses números mais que dobraram. A frota nacional passou a contar com 107 milhões de veículos, com 58 milhões (53%) de carros e 28 milhões (26%) de motos.
"E a grande questão é que, quando você está numa moto e cai ou colide em alta velocidade, o para-choque costuma ser o próprio rosto do condutor", complementa Ramalho.
Leia a matéria completa: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61181312
Foto: Getty Images/BBC News Brasil - divulgação
AGENTES DE TRÂNSITO CONTAM COM ADICIONAL DE PERICULOSIDADE COM NOVA LEI
No dia 20 de setembro, entrou em vigor a Lei 14.684, legislação que representa um marco importante na proteção e reconhecimento das atividades desempenhadas pelos Agentes das Autoridades de Trânsito em todo o Brasil. A conselheira do Cetran (Conselho Estadual de Trânsito), consultora em gestão de frotas e projetos de mobilidade urbana e Observadora Certificada, Mércia Gomes, destaca a mudança significativa na lei para esses profissionais.
USO DE CELULAR AO VOLANTE É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE INFRAÇÕES NO PARANÁ
O programa Paraná em Pauta, da TV Paraná Turismo, afiliada à TV Brasil, da última segunda-feira (25), destacou em reportagem que o uso do celular ao volante é uma das principais infrações entre os condutores paranaenses. O professor do Departamento de Transportes da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e membro do Conselho Deliberativo do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Jorge Tiago Bastos, reforçou esse comportamento recorrente entre os condutores com base em um estudo realizado entre as entidades.
SENATRAN APRESENTA RELATÓRIO INÉDITO DE 15 ANOS DE APLICAÇÃO DA LEI SECA
Na última segunda-feira (25), durante o encerramento da Semana Nacional de Trânsito, a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) do Ministério dos Transportes apresentou, em Brasília/DF, o relatório inédito sobre os 15 anos de aplicação da Lei Seca (Lei 11.705/2008), que destaca entre os dados levantados, uma média de oito infrações por hora no Brasil, registradas no sistema nacional de infrações de trânsito. O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária foi uma das entidades participantes da cerimônia de apresentação do estudo.
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