A série de reportagens da rádio BandNews FM sobre beber e dirigir que abordou as falhas da legislação brasileira nesse quesito ouviu, no início de dezembro, o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária. Coube ao gerente técnico da entidade, Renato Campestrini falar sobre o assunto à apresentadora Gabriela Mayer.
Ouça a série completa:
cap 2 - http://www.bandnewsfm.com.br/2017/12/05/como-funciona-legislacao-brasileira-e-os-debates-sobre-ela/
cap 3 - http://www.bandnewsfm.com.br/2017/12/06/como-funciona-fiscalizacao-da-lei-seca-no-brasil/
Campestrini destacou a falta de dados sobre acidentes de trânsito envolvendo motoristas embriagados, já que falta unificação no registro dos boletins de ocorrência e as consequências disso para o sistema. “Quando você tem os dados mínimos que precisam constar num boletim de ocorrência você consegue fazer todo mundo conversar praticamente a mesma língua. Obter dados é importante para atacar os fatores de risco”, disse o gerente técnico. Uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece o registro nacional de acidentes de trânsito e prevê os dados mínimos que um boletim de ocorrência deve ter. mas a medida nunca foi regulamentada.
O OBSERVATÓRIO também contribuiu com a reportagem expondo o custo dos acidentes de trânsito no Brasil, que somou mais de R$ 52 bilhões em 2015. Foram tirados R$ 255,69 do bolso de cada cidadão, dinheiro de impostos que deixou de ser investido em melhorias. Os gastos são potencializados pela gravidade das colisões, já que beber e dirigir não resulta só em alterações físicas para o condutor, mas também mudanças de comportamento.
Diante desse cenário, o Brasil tem muito trabalho pela frente. Apostar na fiscalização e na comunicação pode ser um começo. Para o OBSERVATÓRIO, mudar a cultura dos motoristas deveria começar cedo. “Precisamos colocar a Educação de Trânsito nas escolas. Fazer com que as crianças, quando estiverem mais presentes no meio, tenham consciência da percepção do risco, das atitudes desejáveis para evitarem se envolver em um acidente e causar mortes ou ferimentos em outras pessoas”, reforçou Campestrini.
AGENTES DE TRÂNSITO CONTAM COM ADICIONAL DE PERICULOSIDADE COM NOVA LEI
No dia 20 de setembro, entrou em vigor a Lei 14.684, legislação que representa um marco importante na proteção e reconhecimento das atividades desempenhadas pelos Agentes das Autoridades de Trânsito em todo o Brasil. A conselheira do Cetran (Conselho Estadual de Trânsito), consultora em gestão de frotas e projetos de mobilidade urbana e Observadora Certificada, Mércia Gomes, destaca a mudança significativa na lei para esses profissionais.
USO DE CELULAR AO VOLANTE É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE INFRAÇÕES NO PARANÁ
O programa Paraná em Pauta, da TV Paraná Turismo, afiliada à TV Brasil, da última segunda-feira (25), destacou em reportagem que o uso do celular ao volante é uma das principais infrações entre os condutores paranaenses. O professor do Departamento de Transportes da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e membro do Conselho Deliberativo do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Jorge Tiago Bastos, reforçou esse comportamento recorrente entre os condutores com base em um estudo realizado entre as entidades.
SENATRAN APRESENTA RELATÓRIO INÉDITO DE 15 ANOS DE APLICAÇÃO DA LEI SECA
Na última segunda-feira (25), durante o encerramento da Semana Nacional de Trânsito, a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) do Ministério dos Transportes apresentou, em Brasília/DF, o relatório inédito sobre os 15 anos de aplicação da Lei Seca (Lei 11.705/2008), que destaca entre os dados levantados, uma média de oito infrações por hora no Brasil, registradas no sistema nacional de infrações de trânsito. O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária foi uma das entidades participantes da cerimônia de apresentação do estudo.
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