Considerado infração, conforme o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que pode dar ao motorista uma multa gravíssima, mesmo parado no sinal vermelho o uso do celular ao volante é tema de uma pesquisa desenvolvida pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), em parceria com o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária e financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
O estudo brasileiro foi publicado em uma revista de saúde e pesquisa pública da Suíça, no mês passado e os dados obtidos estão sendo comparados com pesquisas semelhantes feitas em outros países para analisar o comportamento dos motoristas. Esse estudo também é tema da reportagem do jornal Meio Dia Paraná, da Rede RPC, afiliada da Rede Globo, no Paraná.
Segundo o chefe do departamento de Transportes da UFPR e Observador Certificado do OBSERVATÓRIO, Tiago Bastos, o celular é cada vez mais, um problema para os motoristas, devido às suas diversas funções. “O celular tem cada vez mais funcionalidades, o que acaba se constituindo numa tentação para esse condutor”.
A pesquisa reuniu motoristas entre 19 e 38 anos, quatro homens e duas mulheres, que participaram dessa nova pesquisa que constatou o uso do celular pelos voluntários assim que começaram a dirigir, sem demonstrarem nenhum constrangimento, mesmo com o monitoramento.
Em seis de cada dez viagens gravadas, os motoristas usaram em média, oito vezes por hora seus aparelhos, cerca de 28 segundos para cada uso. Entretanto, para atividades mais complexas, como digitar, o uso foi menor, mas para telefonar e conversar, o tempo de uso passou de 1 minuto.
Os pesquisadores perceberam a relação entre o uso do celular e a velocidade média do carro. Em velocidades mais baixas e ao permanecer mais tempo no carro, os motoristas utilizaram mais o aparelho. “Nós também percebemos que o condutor, ele usa o celular para tarefas menos complexas, quando ele está em velocidades mais elevadas e para tarefas mais complexas, quando ele está em velocidades reduzidas”, explica Tiago Bastos.
Em 2019, somente no estado do Paraná, mais de 100 mil pessoas foram multadas por usar, segurar ou manusear o aparelho. De janeiro deste ano até agora, foram mais de 76 mil multas. A infração vai de média a gravíssima e, pode causar a perda de até sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e a multa pode chegar a R$ 293,47.
“No momento em que você entende aquelas situações que propiciam, que favorecem o uso do celular, você tem condições de trabalhar tanto ações de conscientização, quanto ações de fiscalização sobre este comportamento”, encerra o professor.
Assista à reportagem em: https://globoplay.globo.com/v/8988962/programa/
SISTEMA ANCHIETA-IMIGRANTES/SP TEM O ANO MAIS LETAL DE TODA A SÉRIE HISTÓRICA
A matéria do Diário do Grande ABC da última segunda-feira (27), alertou que, segundo dados do Infosiga, sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo), o número de mortes no trânsito nas rodovias do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) de concessão da Ecovias, no Grande ABC - estado de São Paulo -, é o maior da série histórica, divulgada desde 2015. O Observador Certificado Régis Frigeri avaliou boas práticas que promovem a segurança do trânsito nas rodovias a pedido da reportagem.
OBSERVADOR CERTIFICADO É UM DOS PALESTRANTES DO SANTA SUMMIT
O doutor em Mobilidade Urbana, professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e Observador Certificado, Carlos Félix, foi um dos palestrantes durante o Santa Summit. Realizado entre os dias 24 e 25 de novembro, o evento abordou diversas temáticas com base em cinco pilares: Educação, Inovação, Empreendedorismo, Negócios e Sustentabilidade, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
MODELOS PREDITIVOS PARA SINISTROS DE TRÂNSITO
A segurança viária é uma prioridade incontestável em todo o mundo, uma vez que sinistros de trânsito não apenas resultam em perdas significativas de vidas humanas, mas também têm impactos econômicos e sociais substanciais. Em busca de estratégias mais eficazes de prevenção e intervenção, os modelos preditivos de sinistros de trânsito emergem como ferramentas cruciais na compreensão dos fatores subjacentes à ocorrência desses eventos e na antecipação de riscos potenciais. Esses modelos abrangem desde abordagens estatísticas tradicionais, oferecendo insights valiosos para planejadores urbanos, engenheiros de tráfego e autoridades de segurança viária.
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