Nesta terça-feira (04), o CEO do Observatório, Paulo Guimarães, participou do “Seminário Transporte de Passageiros por Moto”, promovido pela Folha de São Paulo, com apoio da Uber, mantenedora social do Observatório. O evento foi dividido em dois painéis, que abordaram temas pertinentes ao transporte de passageiros por motos. As viagens realizadas em motocicletas têm sido um ponto de debate nas regulamentações de diversas cidades.
Além do CEO, o debate contou com a presença de Luiz Carlos Zamarco, secretário de Saúde do município de São Paulo, e Luiz Fernando Villaça Meyer, diretor-executivo do Instituto Cordial.
O transporte de passageiros por motos tem sido uma grande preocupação no que se refere à segurança viária. Isso se deve ao fato de que a vulnerabilidade do motociclista e de seu passageiro tem um impacto significativo nos números de vítimas. “O problema da segurança do motociclista, assim como o dos outros usuários vulneráveis, como ciclistas e pedestres, já existe há muito tempo. Existe um conceito de construção de cidade que trouxe o carro como objeto central. A moto é recente nesse contexto urbano”, comentou Paulo Guimarães, em sua fala de abertura.
O painel, que contou com a participação do CEO do Observatório, teve como tema central "os impactos do serviço de transporte por motos sobre a segurança nas ruas". O debate, que compôs a primeira mesa, buscou apresentar medidas que poderão ser implementadas nos chamados ‘moto-táxis’, visando preservar motoristas e passageiros.
Ainda em sua fala de abertura, o CEO do Observatório comentou sobre o perfil das vítimas ocupantes de motocicletas no Brasil. “Em sua grande maioria, são pessoas de baixa renda, baixa escolaridade, em geral negras, pardas e de origem indígena. Essas pessoas vivem em áreas periféricas da cidade, que carecem de políticas públicas, inclusive nas áreas educacional e de saúde”, abordou Paulo Guimarães.
Formação dos Condutores
O debate abordou a preparação dos motoristas de motocicletas, que trabalham nas ruas como mototaxistas e, até mesmo, entregadores.
“O que eu defendo é que precisamos ter uma formação melhor para motociclistas, de forma geral. Não é porque ele exerce uma função remunerada ou não que ele deve ter uma formação distinta. No caso do transporte de passageiros, é necessária uma formação adicional”, afirmou o CEO.
Velocidade x Motocicletas
Um dos pontos mais importantes quando o assunto é sinistralidade é a velocidade. Políticas que envolvem esse tema, no futuro, deverão ser fundamentais para a segurança viária.
“O que precisamos é enfrentar as questões relacionadas à velocidade. Vou dar um exemplo: o tema para as campanhas deste ano, definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), é ‘Desacelere, seu bem maior é a vida’”, disse Paulo Guimarães.
“O que atrai o consumidor é a velocidade, a sensação de liberdade. Então, precisamos enfrentar esse tema e, depois, criar ações mais técnicas e práticas que gerem a redução da velocidade. Um prefeito, por vezes, tem dificuldades para reduzir a velocidade, principalmente em cidades pequenas. Precisamos trabalhar a comunicação para alertar sobre os riscos associados ao excesso de velocidade”, completou.
Equipamentos e Condições da Moto
Muitas vezes, as motos estão em condições bem abaixo do esperado, visto que os motoristas, seja no transporte ou na entrega, percorrem longas distâncias diariamente. Em muitos casos, não há condições ou oportunidade para fazer manutenção ou revisão dos veículos.
“Acho importante discutir os equipamentos e as condições de saúde do motorista e da motocicleta. Esses são assuntos essenciais, e precisamos aprimorar o conhecimento das pessoas sobre os riscos que correm ao andar com um veículo e equipamentos de segurança sem as condições adequadas”, comentou Paulo Guimarães. O tema foi abordado nas considerações finais da mesa de debate.
Assista o seminário na íntegra clicando aqui!
OBSERVATÓRIO participa de audiência pública para avaliação do Pnatrans
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Segurança no trânsito não se negocia. Se constrói
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