Usar cinto no banco traseiro é atitude responsável e pode preservar vidas
OBSERVATÓRIO reforça necessidade de utilização e explica consequências do não uso em caso de colisão
A ação é rápida é fácil. Basta estendê-lo e prendê-lo ao redor do corpo. Simples demais, mas que pode salvar vidas. A ação referida diz respeito ao uso do cinto de segurança que, se é comum entre os passageiros dos bancos dianteiros, ainda enfrenta resistência para quem viaja no banco de trás. A importância da utilização do cinto no banco traseiro foi um dos temas da edição de 2016 do Movimento Maio Amarelo, coordenado pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária.
Embora a legislação determine o uso dos cintos para todos os ocupantes de veículos, muitos passageiros acreditam que por estarem no banco de trás estarão menos susceptíveis aos acidentes. Este, porém, é um engano gigantesco, considerando, inclusive, que a falta do cinto de segurança aumenta em até 40% a probabilidade de ferimentos, ou mesmo de morte, em acidentes. Segundo dados da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o cinto de três pontas (comuns nos automóveis atuais) pode reduzir em 70% danos à coluna; 56% cabeça e tórax e em até 45% no abdome.
Para exemplificar; se um veículo colidir com uma barreira à sua frente a uma velocidade de 60 km/h, por conta da velocidade o corpo da pessoa se deslocará para frente, e, sem o dispositivo de segurança, se chocará com os bancos dianteiros. Só que o peso do corpo da pessoa neste caso, será de cerca de uma tonelada. Numa colisão assim, todos os ocupantes do veículo serão arremessados na mesma direção e à mesma velocidade que o veículo vinha desenvolvendo. Nessa colisão, quem está atrás e sem cinto, é jogado para frente a 60km/h contra o encosto.
Em colisão frontal, o corpo do passageiro também é jogado para cima, já que a traseira do veículo é levantada e suas rodas de trás saem rapidamente do chão. Desse modo, o passageiro pode bater a cabeça no teto e seu corpo, ao mesmo tempo, continuará a ‘viagem’ para frente, o que pode ocasionar fricção no pescoço e até mesmo lesão cervical que pode afetar a medula.
Numa colisão, o passageiro do banco traseiro que estiver sem o cinto de segurança pode ser arremessado para fora do veículo depois de ter atravessado o para-brisa. E até que isso ocorra o impacto do seu corpo sendo arremessado pode provocar ferimentos graves ou até mesmo fatais ao motorista ou passageiros dos bancos da frente.
Portanto, usar o cinto de segurança mesmo estando no banco de trás é indispensável para danos ao passageiro em caso de acidente. E mais que atitude para cumprir a determinação legal, serve para preservar a integridade física e até mesmo a vida não apenas do passageiro que viaja atrás mas também dos que vão à sua frente.

AÇÃO COM TEMA MORTE ALERTA SOBRE VELOCIDADE E CINTO DE SEGURANÇA EM ASSIS/SP
O instrutor de trânsito e Observador Certificado pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, André Ferreira, percorreu pontos da cidade de Assis, no interior de São Paulo, vestido de "Morte" para alertar sobre os cuidados que devem ser tomados em trânsito.

DISPOSITIVO PARA CONTROLE DE ESTABILIDADE DE VEÍCULOS PASSA A SER OBRIGATÓRIO EM 2024
O Jornal da EPTV 2ª Edição de Campinas e Piracicaba, da EPTV afiliada à TV Globo, noticiou um novo dispositivo para controle de estabilidade de veículos que passa a ser obrigatório em automóveis novos a partir de 2024. Para falar sobre ele e como a tecnologia embarcada contribui para a redução de sinistros de trânsito, o Observador Certificado Marcos Oriqui, foi consultado pela reportagem na última quarta-feira (31).

As Rodovias que Perdoam Escolhem a Vida
"RODOVIAS QUE PERDOAM" é um conceito usado para descrever estradas projetadas e adequadas para reduzir a gravidade dos acidentes de trânsito.
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