A reportagem do Correio Braziliense da última sexta-feira (12), consultou a Observadora Certificada e doutora em transportes da UnB (Universidade de Brasília), Adriana Modesto, para comentar sobre os desafios enfrentados pelas motoristas profissionais do Distrito Federal, que experimentam uma dupla carga de vulnerabilidade, inerente ao ofício e à maior exposição aos riscos do trânsito.
Conforme a reportagem apurou com o presidente do Sindmaap-DF (Sindicato dos Motoristas Autônomos de Transportes Privado Individual por Aplicativos no Distrito Federal), Marcelo Chaves, estima-se que atualmente 30% dos motoristas sejam do sexo feminino na capital do país. “É uma profissão perigosa e eu admiro muito essas mulheres e as considero muito guerreiras e corajosas”, destacou.
A Semob (Secretaria de Transporte e Mobilidade) informou que não há um recorte por gênero específico para motoristas de aplicativo. Mas que atualmente na capital do país existem 41.893 mil motoristas com cadastro ativo para atuar com transporte individual de passageiros. Com o percentual apresentado pelo presidente do sindicato, estima-se que o Distrito Federal tenha 12.567 mulheres trabalhando nesse tipo de emprego.
Durante as 6 mil viagens que fez em três anos trabalhando como motorista, Sulamita presenciou diversas cenas que a marcaram. “No começo a minha chave do Pix era meu número de celular, mas tive que mudar, porque muitos clientes entravaram em contato depois e começavam a me assediar, mas sempre tento levar na brincadeira e sair da melhor forma”, contou. “Às vezes, por eu ser educada, a pessoa pede meu número no fim da corrida, mas com o tempo fui aprendendo a me impor”, ressaltou.
Doutora em transportes da Universidade de Brasília (UnB) e Observadora Certificada, Adriana Modesto comentou que os motoristas profissionais experimentam uma dupla carga de vulnerabilidade, inerente ao ofício e à maior exposição aos riscos do trânsito. Para ela, a leitura de que a profissão deve ser restritiva a um gênero precisa ser desconstruída. “Há caminhoneiras, motoristas de transporte de passageiros e motoristas vinculadas às plataformas que desempenham sua atividade com qualidade, não se trata de predisposição de gênero, e sim de fatores culturais residuais, fruto de uma visão patriarcal”, destacou a especialista.
Segundo ela, esse olhar sobre o gênero é restritivo, defasado e pode contribuir para outras modalidades de discriminação, como assédio, por exemplo. “Essas trabalhadoras precisam contar com condições laborais favoráveis à sua proteção. Vale lembrar que, ainda aludindo às questões culturais, pessoas do gênero feminino enfrentam dupla jornada de trabalho; e se a prestação de serviço for precarizada, pode tornar ainda mais penosa a jornada dessa trabalhadora”, afirmou.
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