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Mais de R$ 2 bilhões deixam de ser aplicados em Educação para o Trânsito no Brasil

Escrito por Portal ONSV

27 JUL 2018 - 14H06

O Jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, abordou nesta sexta-feira (27/7) um tema muito preocupante: mais de R$ 2 bilhões deixam de ser aplicados em Educação para o Trânsito no Brasil. O dinheiro é oriundo das multas aplicadas e deveria fazer o papel de educar os condutores, numa complementação entre a fiscalização e a orientação para um trânsito mais seguro. Mas isso não acontece! O dinheiro não é liberado para o fim que deveria se destinar e vai para ajudar no balanço das contas do Governo Federal.

Conforme aponta a reportagem do jornalista César Menezes as infrações de motoristas, motociclistas e pedestres são causadas por imprudência, que poderima ser combatidas com educação. E existe dinheiro para educar o trânsito no Brasil, mas ele não é usado para esse fim! Ele é usado para o contingenciamento do governo.

Por lei, 5% de todo o dinheiro arrecadado com as multas deveria ir para o Funset - Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito e aplicados em campanhas de prevenção aos acidentes de trânsito. Mas isso não acontece. Desde 2011 o Funset deveria ter recebido R$ 2,9 bilhões, mas só foram transferidos R$ 683 milhões, menos de um quarto do total. Somente 1,71% dos R$ 683 milhões foram usados em ações de utilidade pública, apenas 1,53% em campanhas educativas de trânsito e 0,02% em projetos de prevenção de acidentes.

Em entrevista o Denatran afirma que, apesar das limitações financeiras, o órgão tem cumprido com a missão institucional e para a redução de mortes no trânsito.

Longe da meta de redução de acidentes

Há apenas um ano e meio para o fim da década de redução de acidentes de trânsito, o Brasil conseguiu reduzir, entre 2014 e 2016, apenas 13% as mortes no trânsito, ficando muito longe da meta proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas) é, até 2020, reduzir em 50% as mortes por acidentes de trânsito registradas em 2011.

Para o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, José Aurelio Ramalho, que foi ouvido pela reportagem, a falta de investimento na segurança do trânsito é uma decisão errada. “O Brasil gasta, aproximadamente, R$ 52 bilhões por ano em acidentes de trânsito e o maior gasto está na Previdência Social, para a indenização e manutenção dos sequelados, e dos óbitos. Em torno de 60% dos leitos hospitalares no pronto-atendimento são ocupados por acidentados de trânsito”, ressaltou. Para Ramalho, se por um lado o governo contingencia a verba que deveria ser aplicada em Educação para o Trânsito, por outro lado ele gasta infinitamente mais do que o recurso que ele está segurando.

Saiba mais em: https://globoplay.globo.com/v/6901961/

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Cidadania e Trânsito: ações para conscientização e segurança viária

O quadro Cidadania Máxima, da Rádio Máxima (89.9 FM) de Guaratinguetá, interior de São Paulo, abordou o tema trânsito em uma conversa com o head de Comunicação e Marketing do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Rodrigo Ribeiro, na última quarta-feira (17). Na oportunidade foram debatidos também temas como, comportamento e responsabilidade no trânsito e ações para Educação para o Trânsito desenvolvidas pelo OBSERVATÓRIO, como o Movimento Maio Amarelo.

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Você dirige bem? Se possui algum desses hábitos, não

O BOL (Brasil Online) - portal de notícias do Grupo Folha – questionou os leitores na última sexta-feira (12), com base em informações do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, para saber o quanto dirigem bem. A reportagem também destacou cinco hábitos importantes que fazem motoristas não se envolverem em sinistros de trânsito.

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Programa Educa apresenta novidades em 2024 e ações para o Maio Amarelo durante reunião nacional

Foi realizada na última quinta-feira (11), a reunião do programa Educa com 18 municípios integrantes do programa de Educação para o Trânsito nas escolas. Durante a abertura, o CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, comentou sobre o encerramento do projeto-piloto Educa e o início de uma nova fase, com a transição digital do programa e a disponibilização dos conteúdos aos municípios.

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