
14 nov Quem anda a pé precisa de mais atenção
Estudo revela que nos dois Estados mais populosos quem está a pé, corre o maior risco
Dentro do eixo Estudos & Pesquisas do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, publicamos hoje o primeiro estudo da série “Relatório Estatístico de Segurança Viária – PEDESTRE”, com várias análises sobre o modo de transporte mais antigo da humanidade e por qual todos nós em algum momento estamos: a pé. Dentre algumas constatações, os dois Estados mais populosos do país – Rio de Janeiro e São Paulo – mostra que a principal vítima do trânsito é quem está a pé, representando especificamente 40% e 34%, no total de óbitos registrados pelo DataSus em 2015.
A parceria entre o OBSERVATÓRIO e a UFPR (Universidade Federal do Paraná) gerou esse trabalho, mas a série deve apresentar, ao longo desse ano ainda, mais duas edições, com o objetivo reunir estatísticas de diferentes fontes para entregar à sociedade um diagnóstico completo sobre a situação, em termos de segurança viária de diversos grupos de usuários caracterizados por seu modo de transporte, faixa etária, ou mesmo por determinado comportamento de risco. Cada relatório é composto por uma introdução sobre o tema, seguido de perfis estatísticos para o Brasil e cada uma das Unidades da Federação, além de concluído por uma seção de recomendações.
Nesse documento, entre as constatações que mais chamam a atenção é de que, nas cidades com menos de 250 mil habitantes, o modo de deslocamento da maioria da população é a pé, chegando até a 40% de todas as viagens realizadas. Sendo o pedestre, o ator mais vulnerável do trânsito, todas as políticas de mobilidade e segurança devem ter no caminhar a atenção principal. Calçadas, travessias, praças e todo o conjunto de caminhos por onde passa o pedestre deve receber prioridade de investimentos dos governos.
No contexto da segunda metade da Década Mundial de Ações para a Segurança Viária, em que o Brasil ainda apresenta números inaceitáveis de vítimas do trânsito, as práticas de gestão da segurança – um dos pilares da Década indicados pela Organização das Nações Unidas – adquirem importância fundamental na elaboração estratégias adequadas às distintas e contrastantes realidades existentes no território brasileiro.
Esse estudo tem como objetivo principal reunir diversas estatísticas sobre a mortalidade de pedestres no Brasil, de modo a auxiliar na construção de uma estratégia de atuação para a garantia da segurança desse grupo de usuários que, no exercício mais universal do direito de ir e vir – andar a pé –, estão vulneráveis aos riscos de acidentes de trânsito.
Com esse relatório, o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária cumpre sua missão que é de “desenvolver e compartilhar conhecimentos técnicos e comportamentais para influenciar políticas públicas e sociais, por meio de alianças estratégicas, ações contínuas, estudos e pesquisas a fim de contribuir com a construção de um trânsito mais seguro para o Brasil”.
No final apresentamos as recomendações sugeridas pela equipe técnica diante da explícita necessidade de direcionar maior atenção aos usuários do modo a pé no país, tanto por sua representatividade nos deslocamentos diários, quanto por sua evidente vulnerabilidade constatada por meio das análises de âmbito nacional e estadual. Com isso, destacamos:
- Melhoria no planejamento de transportes e engenharia de tráfego visto que o modo a pé demanda investimentos em infraestrutura, em geral, mais baixos (em comparação aos modos motorizados) e impactam positivamente parcela substancial das viagens nas cidades brasileiras.
- A faixa de pedestres deve ser um reforço (importante) à preferência de travessia do pedestre nas interseções. Nas travessias em meio de quadra, nas quais não é previsível e clara a linha de desejo, esta deve ser regulamentada pela faixa de pedestre.
- A redução dos limites de velocidades em vias urbanas deve ser uma tendência a ser seguida, pois contribui para a preservação da integridade dos usuários mais vulneráveis na medida em que reduz, tanto os riscos de acidentes ocorrerem, quanto a severidade dos mesmos. A alegação contrária a esta medida, de que aumenta os congestionamentos, é contestável pelo menor espaçamento necessário para a circulação de veículos em velocidades mais baixas, de modo que uma via é capaz de acomodar mais veículos em velocidades mais baixas – conceito de densidade em engenharia de tráfego.
Com essa publicação, queremos incentivar governantes, iniciativa privada e também a sociedade, em voltar esforços para que juntos possamos propor melhorias e ações que colaborem para a mudança do comportamento de todos no trânsito, pois no nosso entender, não existe mudança efetiva sem a união de todos.
Esse trabalho foi tema de uma matéria no Jornal da Record, da TV Record compondo a série apresentada pela emissora intitulada “Vidas Atropeladas”, na primeira semana de novembro. Assista a matéria:
Rodolfo Villa do Miu
Posted at 08:16h, 22 novembroPrezados, Bom Dia!
Sugiro mitigar os 02 problemas cruciais de acidentalidade do PEDESTRE: 1- Calçadas; 2- Veículos a começar pelas Prefeituras com Projeto e Tratamento na Região Central (Coração) das Cidades Brasileiras ;
Através de PROIBIÇÃO da Circulação do carro e na RECUPERAÇÃO ou CONSTRUÇÃO de Novas Calçadas transformando
em “Calçadões da Cidadania” para uma Mobilidade Urbana mais segura e saudável..
São alguns exs. exitosos: Rua XV de Novembro (Rua da Flores/ Curitiba – 1970); Av.. Rio Branco (RJ- 2017) etc..
Respeitosamente,
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jair dos santos rosa
Posted at 19:50h, 27 novembrogrande parte da população não tem consciência da gravidade da situação,.sempre sugeri um maior investimento dos órgãos do governo em educação para o transito na mídia televisa ,priorizando a amostragem de famílias destroçadas pelos acidentes.
jair dos santos rosa
Posted at 19:52h, 27 novembromuito rico esse artigo do observatório -estou repassando aos meus alunos
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