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Circulação de motocicletas nos “corredores”: proibir ou liberar?

Escrito por Portal ONSV

23 JAN 2018 - 12H31

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Criar regras, educar e fiscalizar!

No dia 02/02/2017 a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou proposta que autoriza o trânsito de motocicletas, motonetas e ciclomotores entre veículos em fila, o polêmico “corredor”.

A despeito de inúmeros posicionamentos contrários a essa prática, o mundo real nos mostra que proibir a circulação de motocicletas nos chamados “corredores” soaria como hipocrisia, uma vez que a agilidade que ela proporciona auxilia a sociedade nos afazeres do dia a dia, seja na entrega de documentos, medicamentos ou para matar a fome naquele dia de expediente corrido.

O que seria necessário é a criação de dispositivos para conter o ímpeto daqueles que abusam e colocam em risco sua integridade física.

Chamado a posicionar-se a respeito do tema circulação de motocicletas entre veículos em uma audiência pública realizada em Brasília/DF no dia 28/06/2016, o Observatório Nacional de Segurança Viária – ONSV sugeriu aos parlamentares e demais participantes quatro ações para garantir a segurança não só dos motociclistas, mas também dos condutores e principalmente, dos pedestres, e foram incorporadas na integra na proposta, são elas:

  1. Delimitar VIRTUALMENTE o espaço para motocicletas entre a faixa da esquerda e a primeira da direita dos carros;
  2. Autorizar o uso desse espaço virtual apenas em condições de trânsito lento e/ou parado;
  3. Limitar a velocidade nesses “corredores” a 40Km/h, tendo em vista que atualmente a tecnologia permite a fiscalização de velocidade por meio de equipamento portátil;
  4. Orientar os motociclistas que, nos casos em que o trânsito estiver a fluir de forma compatível com a via, eles deverão ocupar o espaço na faixa de trânsito.

Todas as propostas acima elencadas foram acompanhadas de ilustrações para melhor compreensão dos presentes (vide abaixo).

Nesse diapasão, é necessário destacar que as propostas apresentadas pelo deputado Hugo Legal no projeto substitutivo ao Projeto de Lei número 5007/2013, seguem a mesma linha de pensamento quando determina que para transitar no “corredor” o motociclista deve atentar para o fluxo de veículos parado ou muito lento, a passagem deve ocorrer em velocidade reduzida e compatível com a segurança de pedestres, ciclistas e demais veículos e que a passagem da motocicleta só poderá ocorrer entre as duas faixas mais à esquerda, exceto quando seja uma exclusiva de ônibus.

Não se tratam as propostas de novas formas de impor penalidades aos motociclistas, mas sim estipular regras claras a respeito de como devem transitar nas situações de trânsito congestionado ou lento, sendo que toda sociedade será beneficiada e menos famílias irão chorar seus mortos ou feridos graves.

A segurança dos motociclistas é uma preocupação do OBSERVATÓRIO de longa data, sendo que ele já realizou estudos sobre motociclistas e motocicletas, defende uma melhoria nos itens que impactam na segurança como iluminação, espelhos, a regulamentação de equipamentos de proteção, defende o processo de inspeção veicular para o moto-frete e moto-táxi, nos termos da Resolução número 356/2010 do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN e por último e não menos importante, um melhor processo de formação do condutor para que ele venha a desenvolver a percepção do risco e com isso evite envolver-se em acidentes.

Diante de todo o exposto, é gratificante constatar que os caminhos trilhados estão a gerar frutos e que principalmente inúmeras vidas podem ser poupadas com a adoção de formas seguras de circulação.

Compete a nós, motociclistas, realizarmos nossa parte no processo de mudança.

JOSÉ AURELIO RAMALHO

OBSERVATÓRIO NACIONAL DE SEGURANÇA VIÁRIA

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SISTEMA ANCHIETA-IMIGRANTES/SP TEM O ANO MAIS LETAL DE TODA A SÉRIE HISTÓRICA

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MODELOS PREDITIVOS PARA SINISTROS DE TRÂNSITO

A segurança viária é uma prioridade incontestável em todo o mundo, uma vez que sinistros de trânsito não apenas resultam em perdas significativas de vidas humanas, mas também têm impactos econômicos e sociais substanciais. Em busca de estratégias mais eficazes de prevenção e intervenção, os modelos preditivos de sinistros de trânsito emergem como ferramentas cruciais na compreensão dos fatores subjacentes à ocorrência desses eventos e na antecipação de riscos potenciais. Esses modelos abrangem desde abordagens estatísticas tradicionais, oferecendo insights valiosos para planejadores urbanos, engenheiros de tráfego e autoridades de segurança viária.

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