O cumprimento pelo Brasil da meta proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), de redução de 50% do número de mortos em acidentes de trânsito até 2020, foi tema de um artigo do engenheiro Paulo Guimarães, diretor-técnico do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária), publicado na revista CNT Transporte Atual.
Nele, Guimarães destaca que, ‘decorridos cinco anos do início da Década de Ações para Segurança no Trânsito, ainda é difícil saber se o Brasil atingirá a meta, apesar de ser signatário do acordo internacional. E lembra que o país não estabeleceu uma ‘meta concreta’ nesta direção. Guimarães destaca ainda que ‘o início de qualquer bom planejamento passa pela execução de um bom diagnóstico”.
E que, apesar de a ONU reconhecer como confiáveis as estatísticas brasileiras, e o país ter, de fato, boa base do ponto de vista nacional, o Brasil é um país com características bastante regionalizadas e isso se reflete tanto no comportamento dos usuários quanto na capacidade de gestão e atuação do poder público para a redução de acidentes, tornando prejudicado o diagnóstico dos fatores de risco regionais.
Ainda assim, lembra o diretor do ONSV, o Brasil elaborou dois grandes projeto desde a sanção do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997. O primeiro, a instituição da Política Nacional de Trânsito, que, por meio de 54 ações prioritárias, estabeleceu metas para a redução de acidentes que, ao longo do tempo, não foram priorizadas e atingidas. Destaca também o fato de o Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária que, apesar de bem elaborado, jamais saiu do papel.
No artigo, Guimarães ressalta ainda como fatores prejudiciais ao cumprimento da meta estabelecida pela ONU, a falta de compromisso de gestores públicos, da iniciativa privada e, acima de tudo, da própria sociedade, que precisa compreender que seu comportamento individual afeta o coletivo. E conclui avaliando que, ‘se o assunto for realmente levado à sério nessas três esferas, passaremos a entender que cada um de nós tem a sua parcela de contribuição. Só assim entraremos no rumo certo para tornar o trânsito brasileiro mais seguro, ético e cidadão”.
SISTEMA ANCHIETA-IMIGRANTES/SP TEM O ANO MAIS LETAL DE TODA A SÉRIE HISTÓRICA
A matéria do Diário do Grande ABC da última segunda-feira (27), alertou que, segundo dados do Infosiga, sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo), o número de mortes no trânsito nas rodovias do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) de concessão da Ecovias, no Grande ABC - estado de São Paulo -, é o maior da série histórica, divulgada desde 2015. O Observador Certificado Régis Frigeri avaliou boas práticas que promovem a segurança do trânsito nas rodovias a pedido da reportagem.
OBSERVADOR CERTIFICADO É UM DOS PALESTRANTES DO SANTA SUMMIT
O doutor em Mobilidade Urbana, professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e Observador Certificado, Carlos Félix, foi um dos palestrantes durante o Santa Summit. Realizado entre os dias 24 e 25 de novembro, o evento abordou diversas temáticas com base em cinco pilares: Educação, Inovação, Empreendedorismo, Negócios e Sustentabilidade, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
MODELOS PREDITIVOS PARA SINISTROS DE TRÂNSITO
A segurança viária é uma prioridade incontestável em todo o mundo, uma vez que sinistros de trânsito não apenas resultam em perdas significativas de vidas humanas, mas também têm impactos econômicos e sociais substanciais. Em busca de estratégias mais eficazes de prevenção e intervenção, os modelos preditivos de sinistros de trânsito emergem como ferramentas cruciais na compreensão dos fatores subjacentes à ocorrência desses eventos e na antecipação de riscos potenciais. Esses modelos abrangem desde abordagens estatísticas tradicionais, oferecendo insights valiosos para planejadores urbanos, engenheiros de tráfego e autoridades de segurança viária.
Boleto
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.