Hoje, 19 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Ciclista e o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária gostaria de te fazer uma pergunta: quanto nos conscientizamos para a construção de um trânsito mais seguro e humano para toda a sociedade? Os ciclistas continuam entre os mais vulneráveis no trânsito e segundo o Estudo Estatístico sobre a Segurança Viária de Ciclistas no Brasil, desenvolvido em parceria com a UFPR (Universidade Federal do Paraná) o número de envolvimento em sinistros fatais continuam preocupantes.
O Dia Nacional do Ciclista passou a fazer parte do calendário oficial brasileiro em 2018, em homenagem ao ciclista Pedro Davison que faleceu em 19 de agosto de 2006, no Eixo Sul de Brasília, no Distrito Federal, após ser atropelado por um condutor embriagado que estava dirigindo em alta velocidade.
Com a aprovação do projeto que celebra a data pelo Congresso Nacional, o Dia do Ciclista também passou a incentivar o uso diário da bicicleta como meio de transporte como alternativa para a mobilidade urbana, pelos benefícios à saúde de quem se locomove pedalando e principalmente, para promover o respeito aos ciclistas. Porém, esse respeito é algo que vem sendo construído aos poucos e que precisa, além da conscientização, do apoio real de toda a sociedade.
Vale lembrar que o segundo parágrafo, do artigo 29 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) alerta sobre isso: “Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”, algo nem sempre respeitado ou lembrado.
Conforme dados do DataSus - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil - de 2021, sobre a mortalidade de ciclistas no trânsito brasileiro, em 2021, 1.381 ciclistas perderam a vida envolvidos em sinistros de trânsito no Brasil, representando 4% de todas as vítimas fatais daquele ano.
Ao nos aprofundarmos nesses dados e considerando os ciclistas que faleceram em ocorrências de trânsito no ano de 2021, é possível destacar que 30% deles foram vítimas em colisões com automóveis, 15% em colisões com veículos pesados e 13%, em colisões com motocicletas. Com base no total das vítimas, 83% era do sexo masculino e a maioria estava na faixa etária entre 20 e 24 anos (12%).
Pedro Borges, head de Mobilidade Segura do OBSERVATÓRIO, pontua sobre esses dados que: “A colisão com veículos motorizados é um agravante de destaque nos sinistros de trânsito com ciclistas que foram à óbito. Isso é um reflexo do grande volume de conflitos que ocorre nos espaços urbanos, em adição à natureza mais vulnerável dos modais não motorizados como o pedestre e o ciclista.”
Essas estatísticas trágicas revelam o quanto precisamos conhecer e respeitar as normas de trânsito, independentemente de qualquer fator ou situação, a percepção de risco e o cuidado com as nossas vidas e com a de todos os outros que transitam pelos mesmos espaços que nós, reduzirá a zero o número de óbitos e lesões no trânsito. Um ideal defendido não apenas pelo OBSERVATÓRIO, mas por toda a sociedade.
Esses dados fazem parte do estudo realizado na parceria entre o OBSERVATÓRIO e a UFPR (Universidade Federal do Paraná) com o objetivo de traçar um panorama quantitativo e qualitativo da segurança viária dos ciclistas no Brasil, com base nos dados oficiais de mortalidade no trânsito obtidos do Ministério da Saúde e frota dos principais meios de transportes obtidos na Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito).
Para ter acesso a mais dados deste estudo, acesse:
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