Já está definido o tema do Movimento Maio Amarelo para 2018. Com o mote “Nós somos o trânsito” o Movimento chega à sua 5ª edição e fomenta na sociedade discussões e atitudes voltadas à necessidade urgente da redução do número de mortes e feridos graves no trânsito. O tema foi discutido com a Associação Nacional de Detrans (AND) e foi apresentado em reunião do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Assim como em 2017, o tema de 2018 propõe o envolvimento direto da sociedade nas ações e propõe uma reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade. Trata-se de um estímulo a todos os condutores, seja de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, e aos pedestres e passageiros, a optarem por um trânsito mais seguro.
De acordo com o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, os acidentes não acontecem, mas sim são frutos de escolhas inadequadas e arriscadas. Para José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO e idealizador do Movimento Maio Amarelo, 90% dos acidentes têm como motivação as falhas humanas como imperícia, imprudência e desatenção. “Somos os responsáveis pelos nossos atos no trânsito e ter consciência clara disso é um dos caminhos para a reversão do triste cenário não só do Brasil, mas de todo o mundo”, ressalta.
O logo para o Maio Amarelo 2018 já foi criado. Em breve serão disponibilizadas as peças publicitárias para uso livre dos apoiadores e patrocinadores serão disponibilizadas em breve. Para saber mais envie email para euapoio@maioamarelo.com ou em www.maioamarelo.com.
Abertura oficial
A abertura oficial da Campanha Maio Amarelo 2018 já tem data e local definidos: será no dia 26 de abril, em Campina Grande, na Paraíba. A cidade foi destaque em 2017 pelas diversas atividades desenvolvidas durante o Maio Amarelo e aceitou o desafio de fazer a abertura solene do Movimento pela primeira vez desde sua 1ª edição, em 2014.
Para Félix Araújo Neto, superintendente da STTP (Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos) do município, “o Maio Amarelo consagra importantes ações na desafiadora tarefa de educar para o trânsito. Desde sua criação, Campina Grande desenvolve projetos com muito carinho e atenção sempre buscando a melhor forma de comunicar os riscos e alertas aos cidadãos. Fomos Destaque 2017 e agora, com muito orgulho, aceitamos o convite para sediar a abertura deste grande evento nacional. Além da grande alegria pelo reconhecimento de nossas práticas e do nosso compromisso por um trânsito melhor, mais fluido e seguro, a honradez da escolha e o compromisso e responsabilidade de fazer ainda melhor”, frisa.
Premiação e encerramento
Já o evento de encerramento com a premiação “Destaques Maio Amarelo 2018” acontecerá no dia 28 de junho em Brasília, no Distrito Federal, e será sediado pela ABDER (Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem) e pelo DER/DF (Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal).
A premiação será dada às empresas, entidades do setor público e sociedade civil organizada que mais disseminarem os conceitos e práticas propostas pelo Maio Amarelo. As ações devem estar direcionadas à conscientização para a segurança no trânsito e o incentivo à mudança de comportamento de todos que transitam.
"Registro que sediar um evento desta relevância é expressar o comprometimento da ABDER e do DER/DF com a paz e a cidadania no trânsito. É importante ressaltar que, em 2017, o Distrito Federal reduziu de forma expressiva o número de acidentes, principalmente com gravidade e morte. A nossa utopia é zerar esses dados em Brasília e no Brasil", diz Henrique Luduvice, diretor-geral do DER/DF e presidente da ABDER.
Sobre o Maio Amarelo
O Movimento Maio Amarelo nasceu para chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
Acompanhando o sucesso de outros movimentos, como o “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul”, os quais, respectivamente, tratam dos temas câncer de mama e próstata, o “Maio Amarelo” estimula atividades voltadas à conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e à avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão, dentro de seus deslocamentos diários no trânsito.
A escolha proposital do laço amarelo tem como intenção primeira colocar a necessidade de a sociedade tratar os acidentes de trânsito como uma verdadeira epidemia e, consequentemente, acionar cada cidadão a adotar comportamento mais seguro e responsável, tendo como premissa a preservação da sua própria vida e a dos demais cidadãos.
Vale ressaltar que o Maio Amarelo, como o próprio nome traduz, é um movimento, uma ação, não uma campanha; ou seja, cada cidadão, entidade ou empresa pode utilizar o laço do “Maio Amarelo” em suas ações de conscientização tanto no mês de maio, quanto, na medida do possível, durante o ano inteiro.
Presente em 27 países
No ano passado mais de quatro mil ações que levaram à população a mensagem do Maio Amarelo foram realizadas e informadas à página do Movimento na internet. Tanto no Brasil quanto no mundo, diversas cidades e capitais aderiram ao Maio Amarelo, propondo atividades que visem a conscientização da sociedade por mais paz no trânsito. O tema foi abordado em 26 países em 2017.
Também na internet, mais de 500 mil pessoas acessaram o site maioamarelo.com durante o mês e, no Facebook, a página do Movimento alcançou mais de cinco milhões de pessoas. O vídeo tema da mobilização “Minha Escolha Faz a Diferença”, obteve mais de dois milhões de visualizações.
O Maio Amarelo 2017 conquistou o apoio de mais de quatro mil empresas públicas e privadas nacionais e internacionais, além de outros organismos que promoveram ações entre funcionários e para o público em geral. Mais de 1.400 notícias sobre o Movimento foram publicadas e veiculadas em jornais e emissoras de rádio e televisão, além de sites e revistas.
Monumentos e prédios públicos do Brasil e do exterior, como o Cristo Redentor, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Palácio Legislativo, no Uruguai, entre outros, foram iluminados em amarelo em adesão ao movimento. O laço símbolo do Movimento ganhou destaque também, decorando a fachada do prédio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), na área central de São Paulo, e ônibus do transporte público em diversas cidades do país.
“Através do Movimento pretendemos conscientizar a sociedade que parar na faixa de pedestres, respeitar os limites de velocidade, usar cinto de segurança e capacete, não beber quando for dirigir, sejam vistas como um ato de cidadania, como é reciclar o lixo, não fumar em lugar público, recolher a sujeira na praia”, reforça José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária.
Movimento Maio Amarelo em números
Sobre a Década de Ação para a Segurança no Trânsito
A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
Países em desenvolvimento
O problema é mais grave nos países de média e baixa rendas. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta — nesses lugares.
As previsões da OMS indicam que a situação se agravará mais justamente nesses países, por conta do aumento da frota, da falta de planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas.
De acordo com o Relatório Global de Segurança no Trânsito 2013, publicado pela OMS recentemente, 88 países membros conseguiram reduzir o número de vítimas fatais. Por outro lado, esse número cresceu em 87 países.
A chave para a redução da mortalidade, segundo o relatório, é garantir que os estados-membros adotem leis que cubram os cinco principais fatores de risco: dirigir sob o efeito de álcool, o excesso de velocidade, não uso do capacete, do cinto de segurança e das cadeirinhas. Apenas 28 países, que abrigam 7% da população mundial, possuem leis abrangentes nesses cinco fatores.
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