Segundo dados do Ministério da Saúde, 43.760 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, em 2014 (últimos dados consolidados disponíveis), o que significa uma a cada 12 minutos. Além das mortes ocasionadas, de acordo com o seguro DPVAT, 595.693 vítimas de trânsito foram indenizadas no mesmo ano, ou seja, aproximadamente 1.632 pessoas por dia.
O impacto destes acidentes na economia do país foi o principal tema discutido no evento Café com Seguro Especial Maio Amarelo, realizado no dia 25 de maio, pelo Sindseg SP, em parceria com a Academia Nacional de Seguros e Previdência.
Durante o encontro, foram realizados dois painéis. No primeiro, comandado por José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, foram discutidos os impactos dos acidentes de trânsito nas esferas: mundial, nacional, estadual e municipal.
Entre os dados apresentados, Ramalho ressaltou que os acidentes de trânsito, hoje, são o principal motivo de afastamento do trabalho, segundo o Ministério do Trabalho. Mais de 2,8 mil trabalhadores morreram desta forma em 2014, e mais de 1.500 ficaram incapacitados, gerando um custo de R$ 200 bilhões.
Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, em 2014, o custo estimado dos acidentes de trânsito aos cofres públicos fica em torno de R$ 56 bilhões ao ano. Com este montante, seria possível construir 28 mil escolas de Educação Básica ou 1.800 novos hospitais. Se forem considerados os últimos 5 anos de dados disponíveis, esse montante chegaria a quase R$ 250 bilhões, o equivalente a 125 mil escolas ou mais de 8 mil hospitais.
Outro importante impacto é a ocupação da rede pública de hospitais. Atualmente, cerca de 60% dos leitos hospitalares, em todo país, são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito, sendo que em determinadas regiões do país (Norte e Nordeste) essa ocupação pode chegar a 90%.
“Perde a sociedade, perde a saúde, perde a educação, perdem os programas sociais. Acredito que todos esses acidentes, impreterivelmente todos, poderiam ser evitados se o Brasil adotasse uma nova formação para os condutores, implantasse a educação para o trânsito nas escolas do ensino fundamental e, ainda, investisse em campanhas maciças e permanentes de conscientização, que mostrassem as consequências do acidente na vida de todos”, afirmou Ramalho.
No segundo painel do evento, o diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Rodrigues Freitas, apresentou os impactos dos acidentes para o mercado Segurador. Segundo dados da entidade, em 2016, nos ramos de automóveis e transporte, o segmento pagou cerca de R$ 15 bilhões em indenizações decorrentes de acidentes de trânsito. Este impacto, porém, não é observado apenas no seguro do veículo, DPVAT ou, ainda, seguro saúde.
Outros produtos também são impactados indiretamente neste cenário. “O seguro de vida, a Previdência (PGBL e VGBL), a capitalização, o residencial, o funerário, o de viagem ou, até mesmo, o seguro de fiança locatícia, também são impactados. Pois, quando temos uma morte decorrente de acidente de trânsito e este cidadão adquirou um ou mais destes seguros, a seguradora é acionada para pagar a indenização”, ressaltou Neival.
Todas estas informações ilustram a necessidade real de um trabalho para tentar reverter este cenário. “A educação e a conscientização da população é a nossa principal arma para diminuir estes números tão alarmantes. A sociedade precisa entender que não existem acidentes e sim escolhas. Escolhemos beber e dirigir, falar ao celular no volante, passar em um semáforo vermelho ou ultrapassar o limite de velocidade. São estas atitudes imprudentes que tornam o Brasil um dos recordistas mundiais de acidentes de trânsito”, assinalou Mauro Batista, presidente do Sindseg SP.
Durante o evento, o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO entregou para o presidente do Sindseg SP o certificado “Entidade Laço Amarelo”, que comprova que o Sindicato é uma instituição comprometida com a segurança viária e engajada no Movimento Maio Amarelo.
O evento contou com a presença de João Marcelo Máximo R. dos Santos, presidente da Diretoria e Conselheiro no Conselho Superior da ANSP; Fábio Racy, presidente do CEDATT e representante da Abramet, e outros importantes representantes do setor.
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