O II Fórum Vida no Trânsito que aconteceu em Salvador (BA), no dia 28 de novembro, e que possibilitou ao OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV), revelar as ações práticas que desenvolve e contribuem para a segurança viária, também serviu para destacar as ações que serão desenvolvidas em 2020.
Conforme o relações institucionais do OBSERVATÓRIO, Francisco Garonce, comentou durante o evento, Salvador é uma das capitais que teve o melhor desempenho em termos de redução de acidentalidade, mortes e lesões no trânsito, e visando essa iniciativa da gestão local, o OBSERVATÓRIO apresentou o Programa EDUCA formalmente.
Segundo Garonce: “Estas ações foram inicialmente muito bem fundamentadas com a fiscalização em relação à engenharia, inclusive em relação em primeiros socorros às vítimas de acidentes de trânsito. As ações de educação ainda estavam sem um norte, então, aproveitamos essa oportunidade do seminário para mostrar o programa EDUCA. Explicar que é através dele que nós vamos conseguir mudar não só o comportamento, mas principalmente a atitude das pessoas e isso, só se faz através de processos educativos, em que os indivíduos não deixam de cumprir a lei para não serem punidos, e passam a cumprir porque internalizam o entendimento de que, a atitude segura no trânsito existe para proteger o indivíduo, a sociedade e a convivência harmônica. Esse eu acredito que seja o ponto mais alto”, enfatiza.
O relações institucionais revela que Programa Vida no Trânsito está na pauta de trabalho do OBSERVATÓRIO de 2020, para que o ONSV seja o elemento que agregue valor a esse processo. Garonce explica que o OBSERVATÓRIO dará assessoramento aos municípios que estiverem efetivamente interessados em participar do Programa Vida no Trânsito e que não participam por desconhecimento.
Garonce esclarece: “Ao mesmo tempo estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde para fazer com que as regras sejam esclarecidas e sejam colocadas de uma forma tal que os municípios participem, porque é um investimento muito bem feito pelo Governo Federal, uma vez que, aquilo que se investe em educação, ações de engenharia e de fiscalização na área de trânsito se revertem em uma economia que é muito maior, principalmente quando a gente fala das despesas relacionadas a internações e a tratamentos decorrentes dos eventos de trânsito”, conclui.
O Programa Vida no Trânsito (PVT)
O Programa “Vida no Trânsito” é a nomenclatura, no Brasil, do Projeto Road Safety in Ten Countries (ou “RS-10”), voltado à redução das mortes e lesões causadas no trânsito em 10 países, com o financiamento da Fundação Bloomberg e coordenação global da Organização Mundial de Saúde (OMS) e suas agências regionais. No Brasil, o Projeto é desenvolvido em cinco cidades: Belo Horizonte; Campo Grande; Curitiba; Palmas e Teresina e conta, além do suporte da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/OMS no Brasil), com o aporte técnico e financeiro do Governo Federal.
Coordenada pelo Ministério da Saúde conjuntamente com a OPAS, é acompanhada por uma Comissão Nacional Interministerial. O PVT, apoiado por parceiros nacionais e internacionais, tem seu foco na redução das mortes e lesões graves no trânsito a partir da qualificação da informação, de ações planejadas, desenvolvidas e executadas intersetorialmente e na ênfase em dois fatores de risco: direção sob efeito de bebida alcoólica e velocidades incompatíveis, além de outros, a depender das particularidades locais.
No Projeto, as ações voltadas à redução da morbimortalidade no trânsito recorrem à Estratégia de Proatividade e Parceria (EPP) desenvolvido pela ONG parceira Global Road Safety Partnership (GRSP) e envolvem a interação de órgão gestores dos setores de saúde, trânsito, transporte e segurança pública mas também, em diferentes níveis, as áreas de educação, comunicação, planejamento, ministérios públicos, conselhos comunitários, entidades corporativas e outros segmentos da sociedade. A avaliação do Projeto Vida no Trânsito é coordenada pela Unidade Internacional de Pesquisas em Lesões da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins University, associada a três universidades brasileiras: UFMG, UFRGS e PUC-PR.
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