Iniciativa é vista como “boa prática” para a redução dos acidentes e mortes no trânsito
Seguindo exemplos bem-sucedidos de redução da violência no trânsito em todo o mundo, por meio da redução da velocidade nas vias, Curitiba deu um passo importante, neste mês de setembro, ao implantar na região central da cidade novo limite de velocidade para circulação de veículos. A medida foi anunciada no dia 18/09.
O projeto definido como Área Calma prevê velocidade máxima regulamentada a 40km/h numa área formada por cerca de 140 quarteirões, na região central da cidade.
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, essa região concentra um grande volume de pedestres. Estima-se que no Centro circulam, diariamente, em torno de 700 mil pessoas, na maioria usuários das 200 linhas de ônibus que passam na área, com 21 locais de paradas (entre terminais, pontos e estações), e que se destinam a locais de grande concentração, como praças, hospitais, shoppings e o setor histórico.
Informações do município apontam que, entre 2012 e 2014, foram registrados 1.173 acidentes na região central, que inclui a Área Calma, dos quais 106 resultaram em mortes – e, destes, a maioria foram atropelamentos (46) e colisões (41). Apenas na região da Área Calma, 24 pessoas morreram em acidentes de trânsito nesse período – 12 delas por atropelamento.
O ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária) reconhece e apoia a medida como uma excelente referência para todo o país, assim como defendeu a redução da velocidade nas marginais em São Paulo.
“Curitiba pode se tornar agora um dos nossos melhores exemplos neste quesito de redução da velocidade para reduzir as mortes e feridos no trânsito. A redução da velocidade deixou de ser uma aposta para se confirmar em uma medida assertiva para salvar vidas no mundo inteiro. Ainda que apenas 59 países tenham leis abrangentes para o fator da velocidade, não podemos de lembrar iniciativas recentes como as de Paris, onde motoristas trafegam em 600km de vias a 30km/h; e Londres, onde o limite de velocidade em 300 km das vias é de 32 km/h”, ressalta o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO, José Aurelio Ramalho.
Um dos principais fatores que podemos contestar também, argumenta Ramalho, é a relação da redução da velocidade e aumento das lentidões, afirma Ramalho. Os dados comprovam que, quando a velocidade é maior há a necessidade de ampliar o espaçamento para situações de frenagem e isso gera muito mais filas.
De acordo com a secretária de Trânsito de Curitiba, Luiza Simonelli, “a diminuição da velocidade e a convivência pacífica são fatores para a redução de acidentes e atropelamentos. Com os veículos circulando em velocidade mais baixa na região central, a convivência entre pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas deverá se tornar mais segura e harmoniosa, permitindo um maior compartilhamento das vias e sem a perda da mobilidade nessa área da cidade”.
“Estudos realizados no mundo inteiro mostram que a partir de uma velocidade de 40km/h do veículo, o risco de um pedestre morrer ao ser atropelado aumenta exponencialmente”, diz o diretor de engenharia da Secretaria Municipal de Trânsito, Mauricio Razera. Com o veículo a 40km/h, há 20% de risco de lesão fatal; a 50km/h, o risco sobe para 50%; a 60km/h, chega a 80%; e, a partir de 70km/h, 100% de risco. “Quanto maior a velocidade, menor o tempo para o condutor frear e evitar um acidente, pois o veículo numa velocidade maior percorre uma distância também muito maior antes de frear completamente”, explica.
(*) Com informações do Portal: http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/prefeitura-cria-area-calma-no-centro-com-velocidade-reduzida-mais-arvores-e-melhorias-na-acessibilidade/37602
SISTEMA ANCHIETA-IMIGRANTES/SP TEM O ANO MAIS LETAL DE TODA A SÉRIE HISTÓRICA
A matéria do Diário do Grande ABC da última segunda-feira (27), alertou que, segundo dados do Infosiga, sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo), o número de mortes no trânsito nas rodovias do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) de concessão da Ecovias, no Grande ABC - estado de São Paulo -, é o maior da série histórica, divulgada desde 2015. O Observador Certificado Régis Frigeri avaliou boas práticas que promovem a segurança do trânsito nas rodovias a pedido da reportagem.
OBSERVADOR CERTIFICADO É UM DOS PALESTRANTES DO SANTA SUMMIT
O doutor em Mobilidade Urbana, professor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e Observador Certificado, Carlos Félix, foi um dos palestrantes durante o Santa Summit. Realizado entre os dias 24 e 25 de novembro, o evento abordou diversas temáticas com base em cinco pilares: Educação, Inovação, Empreendedorismo, Negócios e Sustentabilidade, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
MODELOS PREDITIVOS PARA SINISTROS DE TRÂNSITO
A segurança viária é uma prioridade incontestável em todo o mundo, uma vez que sinistros de trânsito não apenas resultam em perdas significativas de vidas humanas, mas também têm impactos econômicos e sociais substanciais. Em busca de estratégias mais eficazes de prevenção e intervenção, os modelos preditivos de sinistros de trânsito emergem como ferramentas cruciais na compreensão dos fatores subjacentes à ocorrência desses eventos e na antecipação de riscos potenciais. Esses modelos abrangem desde abordagens estatísticas tradicionais, oferecendo insights valiosos para planejadores urbanos, engenheiros de tráfego e autoridades de segurança viária.
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