O engenheiro Paulo Guimarães, diretor-técnico do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária – ONSV, concedeu entrevista à Agência CNT, da Confederação Nacional de Transportes, na qual fala dos riscos que sofrem os idosos como pedestres nas ruas do Brasil. Guimarães destaca, entre outros, o padrão das calçadas, por exemplo nas defende vida ativa para esse segmento da população.
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Quase metade das indenizações pagas pelo DPVAT, o seguro obrigatório do trânsito, em razão de acidentes envolvendo idosos é por atropelamentos. Conforme levantamento da Seguradora Líder, responsável pelo DPVAT, de 2010 a 2015, 46% das vítimas com mais de 60 anos estavam a pé, na rua, no momento da ocorrência. Esse tipo de situação soma 19.589 indenizações pagas, de um total de 42.254. O índice está acima da média do seguro. Em 2015, por exemplo, menos de 20% das vítimas de acidentes eram pedestres.
O diretor-técnico do OSNV (Observatório Nacional de Segurança Viária), Paulo Guimarães, diz que, entre as causas para essa diferença, está o fato de que idosos fazem mais deslocamentos a pé, especialmente para acessar o transporte público. Além disso, calçadas em más condições fazem as pessoas caminharem na rua, aumentando os riscos de serem atingidas por veículos.
Paulo explica ainda, que, com o avanço da idade, a percepção sobre o ambiente fica prejudicada. “Em alguns casos, há queda da acuidade visual e auditiva, ou seja, a pessoa passa a ver e ouvir menos. Muitas vezes, por conta dessa debilidade, o idoso perde a capacidade, por exemplo, de ter noção da velocidade do veículo que está vindo ao fazer uma travessia. Tudo isso contribui para aumentar o risco”.
Alguns cuidados ajudam a reduzir as ameaças do trânsito. O diretor-técnico do ONSV enumera, entre eles, a escolha de locais seguros para atravessar a rua, como faixas de pedestres e áreas sinalizadas. Outra conduta é optar por roupas de cores claras, que ajudam os motoristas a notarem a presença do pedestre nas vias.
Motoristas
Paulo Guimarães alerta que a queda na percepção do ambiente também representa um risco para motoristas com mais idade. “A autoavaliação é muito importante e a família também pode ajudar. Se notar que a pessoa não está em condições de dirigir, é importante trazer esse assunto para preservar a vida e a segurança”, esclarece.
Por isso, o ideal é acompanhar o familiar e permanecer alerta para a queda de habilidade na condução. “Ao perceber que ele está um pouco desatento, ou quando a famosa barbeiragem se torna frequente, é sinal de condução de risco”, diz o diretor do ONSV. Ele destaca, também, a importância de avaliações médicas que atestem, com segurança, que o idoso tem condições de dirigir.
Das indenizações pagas pelo DPVAT entre 2010 e 2015 a pessoas com 60 anos ou mais, em 34% das ocorrências as vítimas estavam na condução dos veículos.
Os números servem como alerta de cuidados extras em algumas situações no trânsito para essa parcela da população. Mas, conforme estatísticas do DPVAT, o público nessa faixa etária, juntamente com crianças e adolescentes, a menor parcela de vítimas indenizadas pelo seguro por envolvimento em acidentes de trânsito.
Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias
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