Quem nunca viu, numa rodovia, motoristas fazendo ultrapassagens pela direita e abusando do uso do acostamento para isso - que atire a primeira pedra? Se for temporada de estradas lotadas como em feriados e saída de férias, a cena ainda é mais comum; pois sempre existem aqueles que querem dar um “jeitinho” para não ficar parado, ainda que a atitude seja totalmente inadequada e perigosa.
Os acostamentos devem ser usados somente quando o carro apresentar defeitos, e o veículo deverá ficar com o pisca-alerta ligado, nestas situações. Esse espaço não é lugar para descanso ou paradas; pois é uma área que deve ser usada de forma emergencial para solucionar problemas e é um espaço estratégico também em situações de socorro (como o uso de ambulâncias ou viaturas da polícia ou de concessionárias para atendimentos). Exceto neste casos, busque sempre um posto de gasolina ou outro espaço seguro para paradas.
Quando o condutor usa esse espaço para furar filas ou lentidões, ele está incorrendo a um comportamento desrespeitoso com os demais e também cometendo infrações. O Código de Trânsito Brasileiro define essa atitude como gravíssima, no artigo 193, e prevê multa que chega a quase R$ 1 mil (podendo ser dobrada em caso de reincidência).*
Ao usar o acostamento para ultrapassagens, o motorista estará sempre cortando pela direita – uma outra manobra que não é aceita no trânsito pelos riscos de acidentes.
Mas vale ressaltar que se o veículo estiver com qualquer problema que obrigue o motorista a parar neste espaço, o condutor deve ainda tomar alguns cuidados, como, por exemplo, sinalizar com o triângulo, sair do carro e buscar um local seguro até que chegue o resgate, pois acidentes em acostamentos são comuns e muitas mortes registradas.
Outra recomendação importante é voltada aos pedestres. O acostamento não deve ser usado como espaço de circulação do pedestre, a menos que não haja outra alternativa.
Já para os ciclistas, vale lembrar que treinos ou uso da bike para o lazer devem ser feitos em locais apropriados como ciclovias, parques e ciclofaixas. As rodovias não são espaço para uso de bicicletas pois, nelas, a velocidade desenvolvida pelos veículos é bem maior e os riscos também. Entretanto, se não houver outra alternativa, as bicicletas devem usar a faixa de rolamento da direita nas estradas e não o acostamento – ainda assim, vale o alerta: o perigo é grande.
O OBSERVATÓRIO ressalta que pedestres, motoristas e ciclistas devem agir com responsabilidade e respeitar as regras para uso do acostamento, porque estarão contribuindo para a proteção de todos e a salvar vidas.
(*) O valor exato para ultrapassagem pelo acostamento é de R$ 957,70; e, em caso de reincidência pode ser dobrado).
Webinar: Modelo Preditivo de Óbitos no Trânsito Brasileiro
Foi realizado ontem (25), o webinar “Modelo Preditivo de Óbitos no Trânsito Brasileiro”, promovido pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, com o objetivo de apresentar e discutir o relatório técnico desenvolvido e publicado pela instituição. Considerando o atual cenário da mortalidade no país, esse relatório apresenta métodos com a finalidade de elaborar um modelo de aprendizado de máquina para estimar a quantidade de mortes no trânsito em âmbito nacional.
Cidadania e Trânsito: ações para conscientização e segurança viária
O quadro Cidadania Máxima, da Rádio Máxima (89.9 FM) de Guaratinguetá, interior de São Paulo, abordou o tema trânsito em uma conversa com o head de Comunicação e Marketing do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Rodrigo Ribeiro, na última quarta-feira (17). Na oportunidade foram debatidos também temas como, comportamento e responsabilidade no trânsito e ações para Educação para o Trânsito desenvolvidas pelo OBSERVATÓRIO, como o Movimento Maio Amarelo.
Você dirige bem? Se possui algum desses hábitos, não
O BOL (Brasil Online) - portal de notícias do Grupo Folha – questionou os leitores na última sexta-feira (12), com base em informações do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, para saber o quanto dirigem bem. A reportagem também destacou cinco hábitos importantes que fazem motoristas não se envolverem em sinistros de trânsito.
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