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Como a adoção de práticas sustentáveis no setor de transportes impulsiona novos negócios?

Escrito por Portal ONSV

11 JAN 2016 - 10H06

Os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de mortes prematuras ou lesões permanentes no Brasil. De acordo com o último levantamento da ONU (2010), o país estava em quarto lugar no ranking do número de mortes no trânsito no mundo, superado apenas por China, Índia e Nigéria. Estima-se que 10% das mortes ocorridas no trânsito – foram 42.266 em 2013 no Brasil – estejam relacionadas com o transporte corporativo e, por isso, entram na classificação de acidentes de trabalho.

A grandeza desses números e a consciência da importância de ação por parte do setor privado neste momento tão complexo para o país e, por consequência, para as empresas dos mais diversos segmentos – em razão do cenário marcado pela indefinição político- econômica, pela ampliação dos custos com impacto na cadeia da produção e consumo, devem servir como motivador para irmos além do discurso e colhermos resultados efetivos com as boas práticas que devem nortear a segurança viária nas empresas, tendo como objetivos principais a sustentabilidade e a proteção à vida.

O principal desafio é o de desenvolver um modelo capaz de inverter a curva de impactos negativos da insegurança viária tanto para as empresas quanto para a sociedade. Além de reduzir o número de mortes e de lesões permanentes, as ações voltadas para melhorar a segurança viária trazem benefícios para a performance das empresas – aumento de produtividade, redução de afastamento de colaboradores e de gastos com imprevistos, redução de acidentes ambientais com transporte de cargas perigosas, ambiente de trabalho mais saudável, entre outros.

Repensar o transporte nas empresas exige uma visão multifacetada, que transpõe temas como custos com combustíveis, problemas e prazos de logística, envolvendo entregas, acompanhamento e destino final. Os deslocamentos gerados pelas atividades empresariais não se limitam à distribuição de produtos, estão presentes nas atividades administrativas, comerciais e em todas as outras, pois mesmo a pé, os colaboradores estão expostos ao risco e podem agir de forma preventiva para mitiga-los.

As consequências dos acidentes de trânsito afetam direta e indiretamente o setor privado, o meio ambiente e a sociedade, e, suas consequências sociais, econômicas e de saúde pública impactam significativamente os resultados das empresas e da sociedade.

Há inúmeros benefícios de ordem direta e indireta gerados por investimentos em segurança viária nas atividades profissionais. A iniciativa de expor, discutir e incentivar medidas em prol da segurança viária nas organizações é um passo estratégico, pois muitas vezes a organização pode constituir a única ponte entre o colaborador e a disseminação de uma cultura de segurança viária.

Esse olhar passa a ser um diferencial para as empresas que focam no conceito de segurança, pois além do aumento de produtividade e economia em seus processos, fica evidenciada a responsabilidade social empresarial à medida que seus clientes e parceiros percebem sua contribuição para um “transitar” mais responsável – um benefício para todo o sistema de transporte; e, em uma visão mais ampla, um benefício social.

Ainda, muitas das orientações recebidas no ambiente profissional são potencialmente aplicáveis no dia-a-dia de seus colaboradores, na sua convivência social e familiar, iniciando uma mudança de paradigma de médio/longo prazo em relação à cultura de segurança viária no país.

Paulo Guimarães, engenheiro, é diretor-técnico e responsável pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária.

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Cidadania e Trânsito: ações para conscientização e segurança viária

O quadro Cidadania Máxima, da Rádio Máxima (89.9 FM) de Guaratinguetá, interior de São Paulo, abordou o tema trânsito em uma conversa com o head de Comunicação e Marketing do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Rodrigo Ribeiro, na última quarta-feira (17). Na oportunidade foram debatidos também temas como, comportamento e responsabilidade no trânsito e ações para Educação para o Trânsito desenvolvidas pelo OBSERVATÓRIO, como o Movimento Maio Amarelo.

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Você dirige bem? Se possui algum desses hábitos, não

O BOL (Brasil Online) - portal de notícias do Grupo Folha – questionou os leitores na última sexta-feira (12), com base em informações do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, para saber o quanto dirigem bem. A reportagem também destacou cinco hábitos importantes que fazem motoristas não se envolverem em sinistros de trânsito.

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Programa Educa apresenta novidades em 2024 e ações para o Maio Amarelo durante reunião nacional

Foi realizada na última quinta-feira (11), a reunião do programa Educa com 18 municípios integrantes do programa de Educação para o Trânsito nas escolas. Durante a abertura, o CEO do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães, comentou sobre o encerramento do projeto-piloto Educa e o início de uma nova fase, com a transição digital do programa e a disponibilização dos conteúdos aos municípios.

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