Anos atrás, quando a Administração do prefeito Fernando Haddad reduziu a velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo, com foco no aumento da segurança viária, o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária se posicionou favorável à medida, com a certeza de que era o melhor para a sociedade.
Ainda que criticada, a redução proporcionou redução no número de acidentes com vítimas na casa de 36%, bem como permitia que o fluxo fosse contínuo, sem interrupções, como bem demonstram os manuais internacionais e recomendam a Organização Mundial de Saúde – OMS e Organização Pan Americana de Saúde – OPAS.
Ao transitar em velocidades reduzidas, os riscos de acidentes são menores, assim como as lesões por eles ocasionadas são de baixa complexidade, resultando em ganhos para a saúde pública com menos leitos ocupados pelas vítimas de tais eventos.
Com a assunção da atual gestão e o retorno dos limites de velocidade anteriores, houve a promessa de intervenções para evitar que ocorresse o aumento no número de acidentes.
A despeito de tais colocações, o OBSERVATÓRIO se posicionou contrário ao aumento, ainda que houvesse a aprovação dos moradores, uma vez que já tinha o conhecimento do que tal medida representa.
Nesse sentido, no final do mês de abril dados da Polícia Militar apontaram que no primeiro trimestre de 2017 acidentes com vitimas motociclistas aumentaram 67%; com caminhões 72% e os atropelamentos aumentaram 100%.
Os números acima indicados falam por si, motivo pelo qual não nos manifestaremos a respeito, mas sim de uma situação nova que o noticiário matutino mostrou.
A demora no atendimento às vítimas dos acidentes, em razão das dificuldades de deslocamentos, em alguns dos casos, em virtude de eventuais outros acidentes que as equipes de socorro encontraram pelo caminho.
Ainda que um programa denominado “Marginal Segura” tenha sido implantado, aparentemente as equipes não estão dando conta de atender as demandas, razão essa que ocasiona impactos na fluidez do trânsito, pois é da natureza do ser humano a curiosidade quando se depara com uma pessoa ao solo ou mesmo com um veículo batido.
Quando o limite mais baixo estava em vigor, o número de acidentes era menor, bem como a necessidade de intervenção de resgate para pessoas lesionadas ficava reduzido, sendo que, em razão disso, o fluxo continuava a fluir.
Entendemos que no mundo atual as pessoas têm desejo de deslocamentos no menor tempo possível, e que para isso a velocidade maior supostamente pode ser uma aliada. Entretanto, as experiências recentes na capital do Estado de São Paulo têm mostrado que, por vezes, o devagar e sempre surte melhor resultado que o veloz, mas travado.
Reavaliar posicionamentos, voltar atrás não é uma derrota, mas sim uma vitória em prol da vida; os resultados serão benéficos para toda sociedade e não será necessário acelerar no atendimento, pois com certeza as ocorrências serão poucas e sem gravidade.
Como sociedade, estamos dispostos a isso?
MORTES NO TRÂNSITO CRESCEM 13,5% NA ÚLTIMA DÉCADA; OBSERVATÓRIO E UFPR COMENTAM DADOS À REVISTA FAPESP
A edição de outubro da revista Pesquisa Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), única revista jornalística especializada em cobrir a produção científica e tecnológica do Brasil, destacou o aumento de 13,5% em mortes no trânsito na última década no Brasil. O OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária e a UFPR (Universidade Federal do Paraná) foram consultados pela reportagem para avaliar os possíveis motivos desse aumento.
IMPRUDÊNCIA NO TRÂNSITO E TRAVESSIA INDEVIDA EM LINHA FÉRREA É DESTAQUE DO AL TV 1 EDIÇÃO
A imprudência dos motoristas continua sendo a principal causa para os sinistros de trânsito no Brasil, são cerca de 40 mil vítimas por ano. O instrutor e Observador Certificado, Walter Lima, falou sobre maneiras de evitar envolvimento em ocorrências de trânsito durante o AL TV 1ª Edição, da TV Gazeta de Alagoas, afiliada à TV Globo naquele estado.
OBSERVADOR CERTIFICADO FALA SOBRE MELHORIA DE TRÁFEGO E MOBILIDADE COM INAUGURAÇÃO DE PONTE EM RECIFE/PE
Programada para ser inaugurada no primeiro semestre de 2024 pela prefeitura de Recife, no estado de Pernambuco, a ponte Engenheiro Jaime Gusmão, popularmente conhecida como ponte Iputinga-Monteiro, deve encurtar o percurso entre as zonas Norte e Oeste da capital pernambucana. O Observador Certificado e especialista em mobilidade urbana e fiscalização de trânsito, Emanoel Silva, falou recentemente sobre a importância dessa obra na Rádio Jornal, para a melhoria do tráfego na cidade.
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