Por Roberta Mantovani
Vivemos uma época marcada por muitos avanços nos mais variados campos do conhecimento. Fazemos coisas maravilhosas, surpreendentes! Adquirimos uma incrível capacidade de agir sobre o planeta e sobre a vida, criando, transformando e interferindo. Mas infelizmente, em meio a todos os avanços, vivemos um tempo marcado por uma crescente onda de violência. Este fenômeno complexo, que tem múltiplas causas, está presente em nosso cotidiano. E, é reforçado por meio de comportamentos, valores, normas e atitudes, que são reproduzidos em várias formas, meios e espaços. Intolerância, preconceito, desrespeito, injustiça acabam por perpetuar a violência. Ficamos cada vez mais incapazes de conviver em paz, com a nossa família, em nosso bairro, em nossa cidade, em nossa comunidade. E viver em paz é uma questão de sobrevivência, de sustentabilidade da humanidade. É preciso paz para continuar vivos! É preciso passar de uma cultura de aceitação e perpetuação da violência para uma “cultura de paz”.
Respeito, solidariedade, cooperação são elementos para a construção de uma cultura de paz. A educação é veículo de paz, tolerância e compreensão.
“Em 20 de novembro de 1997, as Nações Unidas proclamaram o ano 2000 como o Ano Internacional da Cultura de Paz, marcando o início de uma mobilização mundial e de uma aliança global de movimentos existentes, para juntos transformar os princípios norteadores da cultura de paz em ações concretas. Em 10 de novembro de 1998, por meio de nova resolução, as Nações Unidas proclamam a década 2001-2010, como a Década Internacional da Promoção da Cultura de Paz e Não Violência em Benefício das Crianças do Mundo a fim de reforçar o movimento global formado e apontando a UNESCO como agência líder para a Década, responsável por coordenar as atividades do sistema ONU e de outras organizações.”
O Manifesto 2000 apresenta seis princípios norteadores de ações para uma convivência edificante, sustentabilidade ambiental e justiça social: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso; ouvir para compreender, preservar o planeta e redescobrir a solidariedade.
Com o objetivo de repensar a educação e a cultura para este século o Relatório Delors ressalta que a educação deve ser considerada a partir de quatro princípios-pilares do conhecimento, que não podem ser pensados isoladamente, pois interagem e fundamentam numa concepção de totalidade dialética do sujeito: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser.
Voltamos à reflexão de que a violência não pode ser tratada fora da sociedade e de seus determinantes sociais, econômicos e culturais.
Para a saúde pública, a violência reflete impactos. Dentre as principais causas de óbito por acidentes e violência, destacam-se as agressões, homicídios e mortes provocadas pelo trânsito, quedas, acidentes de trabalho e suicídios. Crianças, adolescentes e jovens estão entre as principais vítimas de violências e acidentes na vida cotidiana nos quatro cantos do planeta.
O trânsito aparece nesse contexto como uma causa principal de violência. O agravamento da violência no tráfego das vias públicas levou as Nações Unidas a proclamar a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011/2020; propondo, mais uma vez, ações integradas para em um primeiro momento estabilizar o quadro atual e progressivamente reduzir os alarmantes números da violência no trânsito.
Para haver a construção da “cultura de paz” é preciso que haja cooperação e participação em todos os níveis: indivíduos, organizações governamentais e não governamentais.
Trabalhar as questões relacionadas ao trânsito é, portanto, essencial. Atuar nesta área fortalece e dissemina a cultura de paz, conforme define o Instituto Sou da Paz, “entendida como um modo de pensar e agir que rejeita a violência e valoriza a diversidade, o diálogo, a negociação e a mediação como estratégias para a resolução dos conflitos e para a construção de uma cultura de paz no trânsito”.
Neste contexto, o processo de educação de Trânsito deve efetivamente trabalhar para atuação em valores, atitudes e comportamentos, promovendo ações entre os mais variados atores, buscando princípios na Cultura da Paz e contribuindo para uma efetiva mudança a caminho do que reza a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, que em seu artigo 26, estabelece que todo o ser humano tem direito à educação, que deve ter como objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa, fortalecendo o conjunto de diversos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
Atuar no princípio do respeito, da boa educação e da urbanidade, sem a qual não se pode ter boa convivência tão essencial nas relações de trânsito; atuar no princípio do diálogo sem o qual também não se pode conviver em paz, mediar conflitos; na solidariedade, que permite partilhar um sentimento de interdependência e tomar para si questões comuns, são caminhos que devem ser percorridos para conquistar a harmonia no dia-a-dia; portanto vivenciar cada um desses valores é o norte para melhorar o trânsito.
Permitir que a educação seja uma ação que leve à transformação, à mudança, tendo como objetivos o convívio democrático, a ação com base nos valores eleitos no núcleo da sociedade, a percepção de que não estamos sozinhos e de que juntos podemos fazer um mundo melhor.
Construir a base segura para um futuro menos violento, estatísticas com menores índices de mortalidade e invalidez e custos na saúde muito inferiores aos níveis atuais e em escala ascendente fortalece os anseios por melhoria da qualidade de vida, mais segurança no trânsito, conduta mais cidadã e muito maior justiça e equilíbrio social.
Roberta Mantovani/Dezembro de 2015
Agradecimento às contribuições de Marcus Vinícius Barili Alves.
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