Na Semana Nacional de Trânsito – 18 a 25 de setembro – é um bom momento para fazermos uma reflexão do que até aqui já acumulamos de experiências positivas e negativas e o que efetivamente podemos melhorar na condição de motoristas, motociclistas, pedestres e enfim, usuários que somos das vias públicas urbanas e rodoviárias.
Inicialmente, cabem algumas indagações? Temos sido agentes da manutenção e conservação das boas atitudes no trânsito? O alto índice de sinistro com mortes no trânsito brasileiro se tornou irreversível? Os valores humanos preconizados pela Organização das Nações Unidas de preservação e respeito à vida já se encontram defasados e dispensados da mobilidade humana moderna?
Tantas perguntas de difíceis respostas se fazem necessárias para refletirmos. Sabedores que somos dos problemas advindos do trânsito que muita das vezes é marcado pelas disputas, pela desigualdade, pelas mortes e ainda, mesmo que o trânsito infelizmente, também em nossa região – cidade de Anápolis, Manchester goiana – é dominado pelas tragédias promovidas pelos seus diversos protagonistas, sobretudo quando surpreendentemente utilizam para o fim de circulação a mistura bombástica: álcool somado à direção, que somente em 2021, resultou numa estatística de 113 mortes no município para uma população com quase de 400 mil pessoas, se torna no mínimo assustador.
O dito popular nos leva a crer que para mudar as coisas é preciso travar batalhas constantemente. Estamos numa verdadeira guerra que não é regional, é de caráter nacional. Que envolve todo o trânsito brasileiro e há décadas que temos avanços de redução das mortes numa escalada muito tímida. Quando o recado é pisar no freio, alertado e renovado inclusive em acordos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde tendo como indicador até mesmo com o estabelecimento da 2ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2021-2030). Mesmo assim, milhares de “condutores de veículos automotores” conforme preconiza o CTB/98, ainda insistem em usar apenas o acelerador como se a pista estivesse livre, desprovida de obstáculos e perigos que se escondem muitas vezes numa pessoa não habilitada ou por vezes num desfavor de todos que não mensuram o conjunto das condições adversas e suas variáveis que alteram o cenário da segurança e da mobilidade.
Assim, mesmo no contexto da “pós-pandemia” que estamos inseridos, não podemos dar as costas para o risco de perigos no trânsito que ainda nos rodeiam e que se comportam diferentemente dos vírus e suas variantes da Covid-19, se possível fosse traçar um paralelo mesmo que imaginário. Entretanto, é preciso refletir que os perigos do trânsito são visíveis desde que se tenha um olhar atento, com sobriedade e lucidez sobre aspectos negativos que ainda assombram as nossas vias públicas pela insegurança sobretudo dos que fazem uso de duas ou mais rodas em seus deslocamentos.
A quebra das regras mais comuns tem de ser sempre lembrada em campanhas educativas que se insiram de maneira criativa e se traduzem em ações frequentes de prevenção das atitudes às regras como o avanço do sinal vermelho; o uso inadequado do celular e direção; as velocidades excessivas; a ausência do hábito do uso do cinto de segurança para todos; enfim, o respeito à sinalização em sua amplitude, trabalhada no entanto, com as particularidades de cada região. Isso é bastante válido e se torna maior que enxergar por onde anda, é ter certeza de onde se quer chegar com segurança.
Assim, é preciso levantar campanhas do modo correto de se reinventar a boa conduta no trânsito de todos os seus participantes, estimulando o modo cidadão de relacionamento, o modo consciente de exercitar essa cidadania, incluindo decididamente a segurança no trânsito. Os elementos básicos que interferem na possibilidade do condutor de veículo automotor colaborar com a segurança de si e dos outros mostram que estão em desuso social e também habitual e se faz necessário traçar políticas públicas que venham a impulsionar e estimular tais condições de segurança, a saber: o conhecimento; a atenção; a previsão; as habilidades e decisão, dentre outras formas que resguardam a vida sobre rodas, bem como fora delas.
Desestimular ou traçar políticas públicas equivocadas que venham num desencontro com a segurança no trânsito, mais se distancia dos objetivos e das importantes metas instrutivamente apontadas pela ONU para a redução dos graves sinistros que apavoram toda a sociedade. Vivemos tempos de grandes desafios que com simplicidade e sensatez, respeito e responsabilidade podemos driblar tais dificuldades, não necessitando reinventar a roda, mas tão somente nos readaptarmos com nossas atitudes no enfrentamento das experiências mal sucedidas divulgadas diuturnamente na tragédias do trânsito pela mídia, sobretudo a televisiva. Transformar os exemplos mal sucedidos na melhor das formas de proliferação da educação para o trânsito por assim dizer, podem refletir também nossa capacidade de bem interpretar a literatura defensiva transformando em vivências e experiências bem sucedidas no trânsito.
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Carlovan Porto - Observador Certificado, instrutor em CFC e Coordenador do Maio Amarelo em Anápolis - GO.
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