A condução de um veículo envolve situações que demandam tempo, haja vista que, desde a percepção do risco, a reação do condutor e a frenagem, transcorrem alguns segundos decisivos. Nesse ínterim, duas ações cruciais estão envolvidas: a percepção / reação ao risco e a imobilização total do veículo. Nesse sentido, é imperioso manter a distância do veículo a frente e evitar distrações, pois ao somar uma distração ao tempo fixo de parada, a consequência pode ser fatal.
O tempo da percepção do risco até a efetiva reação do condutor varia de pessoa para pessoa, devido a diversos fatores, podendo chegar a um segundo. O condutor percebe o risco e o cérebro envia a informação para o pé, que normalmente se desloca do pedal do acelerador para o do freio. A fim de demonstrar esse processo, usaremos o tempo médio de um segundo. Posteriormente, dá-se início à frenagem do veículo, que também varia de acordo com fatores externos como condições da via, dos pneus, das chuvas. Consideraremos para essa segunda fase, um tempo médio também de um segundo, totalizando assim, em média, dois segundos para o tempo de parada, que é o tempo da percepção do risco, da reação, da frenagem e da parada completa do veículo.
Feita essa primeira abordagem, tendo como referência o tempo, demonstraremos a relação do processo de parada com a distância.
Na primeira parte do fenômeno, podemos considerar um movimento retilíneo uniforme, que é um movimento com velocidade constante. Na segunda, temos um movimento desacelerado, que vai desde o momento em que o condutor pisa no freio até a parada completa do veículo. Nessa fase, a velocidade se reduz bruscamente, portanto o veículo percorre uma distância menor do que na primeira, embora o tempo médio considerado para ambas seja igual. Isso se deve à desaceleração, à frenagem, que é a redução da velocidade no intervalo do tempo.
Para calcular a distância no movimento uniforme, usamos a fórmula matemática V = d/t; vamos considerar três velocidades: VA = 108 km/h, VB = 72 km/h e VC = 54 km/h; que correspondem respectivamente a 30 m/s, 20 m/s e 15 m/s, Sendo assim, temos:
Para o veículo a 108 km/h, VA = 30 m/s,
dA= VA. t = 30.1 = 30 metros;
Para 72 km/h, VB = 20 m/s,
dB = VB. t = 20.1 = 20 metros;
e a 54km/h, VC = 15m/s,
dC = VC. t = 15.1 = 15 metros.
Na parte do movimento desacelerado, de frenagem, a distância será a metade da encontrada para o movimento uniforme, isso para o tempo de 1 segundo. Para esse cálculo, usamos d = Vo.t + ½.a.t²; sendo a variável “a” a desaceleração do veículo, que matematicamente é a variação da velocidade dividida pela variação do tempo. Sendo assim, teremos a velocidade que o veículo possui quando o motorista aciona os freios menos zero, já que quando o veículo para, não temos velocidade, e o tempo de frenagem é igual a um segundo, que é o tempo médio considerado. Determinada a aceleração e calculada a distância de frenagem, teremos para cada velocidade a metade da distância encontrada no tempo de reação.
Conforme demonstrado, a distância de parada para o veículo a 108 km/h, é 30 metros para a distância de reação, mais 15 metros para a frenagem, totalizando 45 metros. Para o veículo a 72 km/h é de 20 metros mais 10 metros, totalizando 30 metros, e para o veículo a 54 km/h é de 15 metros mais 7,5 metros, totalizando 22,5 metros. Portanto, essa é a distancia a ser mantida do veículo da frente para evitar sinistros de trânsito, conhecida como distancia de segurança, considerando um tempo médio de dois segundos.
Com o desenvolvimento tecnológico, a comunicação evoluiu e novos recursos foram criados. Surgiram soluções simples, como as mensagens instantâneas, nas quais um simples "ok" ou um "joinha" já resolvem o que outrora necessitaria de uma ligação telefônica. Essa revolução informacional trouxe vários benefícios. Quem nunca se sentiu tentado a dar aquela olhadinha rápida no celular conduzindo um veículo? Pode parecer um tempo insignificante, mas quando fazemos a relação do tempo com a distância, percebemos que isso pode definir a ocorrência de um sinistro de trânsito.
Como exemplificado, só o tempo de parada demanda uma distância considerável. Imagine agora se somarmos mais um segundo de distração? Nesse caso, a distração seria um movimento retilíneo uniforme, velocidade constante, a distância seria a mesma para o tempo de reação, ou seja:
Para o veículo a 108 km/h, VA = 30 m/s:
dA = 30m + 15m + 30m = 75 metros;
a 72 km/h,
dB = 20m + 10m + 20m = 50 metros; e
a 54 km/h,
dC = 15m + 7,5m + 15m = 37,5 metros.
Observe que para a menor velocidade, 54 km/h, temos uma distância de 37,5 metros para três segundos. Num perímetro urbano, onde os imóveis tenham 12 metros de frente, o veículo passaria por três residências para parar completamente. Isso demonstra que se o condutor se distrair por um segundo e uma criança sair do portão da terceira casa à frente, o risco é muito alto.
Sendo assim, três segundos parecem poucos, mas no trânsito representam distâncias consideráveis e definíveis. A condução do veículo já exige uma distância constante para situações inesperadas, já que o tempo de parada não é instantâneo. Portanto, um segundo de distração pode ser o tempo que definirá a ocorrência de um sinistro. Mantenha sempre a distância de segurança e não se distraia. Três segundos no trânsito significam distâncias que podem comprometer sua segurança e a dos demais usuários da via.
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